Cavaleiras percorreram mais de 30km Foto: Divulgação TP
No último sábado (15), aconteceu a 3ª Cavalgada do Lenço Pink, organizada por mulheres com o objetivo de alertar para a prevenção do câncer de mama. Com saída do assentamento Bom Viver, em Pedras Altas, o número de cavaleiras ultrapassou a margem das 100, incluindo integrantes também de Candiota.
A equipe do TP acompanhou o trajeto de perto e conversou com a idealizadora da cavalgada, Deise Oliveira, que contou como tudo começou. “Eu tive a ideia de convidar as gurias para criarmos a cavalgada, sendo que todas tinham o direito de participar. Elas toparam e seguimos tocando. Quanto mais mulheres, melhor”, disse Deise.
Miriam Becker falou sobre prevenção e contou sua experiência Foto: Divulgação TP
Na oportunidade, um almoço foi comercializado ao valor de R$10 e as mulheres presentes puderam concorrer a sorteios de acordo com os números que foram distribuídos no local. Na chegada à sede do município, um café colonial foi oferecido no CTG Sentinela de Pedras Altas, além duas palestras de prevenção ministradas pela nutricionista da cidade de Candiota, Mirian Becker e por Carmem Verônica da Luz, que também relataram suas experiências com a doença. Para finalizar, a noite foi embalada ao som do grupo Quatro Cantos com ingresso vendido no valor de R$15.
Segundo Anelise Mendes, todo o dinheiro arrecadado será destinado para a Associação de Apoio às Pessoas com Câncer (Aapecan), e Mulheres Entrelaçadas da cidade de Pelotas.
Equipe de Seival saiu às 4h30 da manhã para a cavalgada Foto: Sabrina Monteiro/Especial TP
CANDIOTA – Não foi a primeira vez que mulheres de Candiota uniram forças com as cavaleiras do Lenço Pink, mas foi a primeira participação das mulheres com o apoio da Secretaria de Saúde do município no evento. Candiota foi representada por quatro mulheres da Estratégia da Saúde da Família (ESF), do bairro Seival.
Para o secretário de Saúde Fabrício Moraes (Bibi), o evento tem total importância para ajudar no alerta ao combate ao câncer de mama. “Parabenizo o ESF de Seival pela iniciativa das meninas, de querer trabalhar e tentar chamar a atenção sobre esse mês alusivo ao câncer de mama”, destacou.
Além disso, Bibi citou a relevância do descobrimento precoce da doença, onde as chances de cura são elevadas. “Há mais de 90% de chance de cura com o descobrimento precoce”, disse e afirmou que a participação das meninas só mostra o quanto estão engajadas pela causa.
O TP conversou com uma das representantes do município, a técnica de enfermagem, Aline Maldaner, que falou sobre a sua participação em outras cavalgadas, mas a primeira vez com o Lenço Pink. “Nunca tinha feito uma cavalgada com mais de 30km de distância, mas a minha experiÊncia foi muito boa e eu gostei muito”, afirmou.
Aline também elogiou as organizadoras por pensarem nos mínimos detalhes do evento, com hora de saída, parada para o descanso até a chegada ao município. Ademais, a técnica falou sobre a importância do tema. “É de grande importância, não só em nossas vidas, como também em nosso meio. Nós vemos tanta gente descobrindo a doença no estágio terminal, e tão poucas localizando no início quando ainda há chance de tratamento. A conscientização é importante, não só para as mulheres, mas para os homens também e a população em geral”, afirmou. Ao finalizar, Aline disse que o tratamento é eficaz e tem resultado.
Júlia e sua amiga Bárbara andaram lado a lado no trajeto Foto: Aline Maldaner/Especial TP
CRIANÇAS – Assim como mulheres adultas, as pequenas também fizeram a sua parte e acompanharam suas mães, tias, irmãs e madrinhas no trajeto. Este é o caso da Júlia Beck, 7 anos, que acompanhou sua dinda Letícia Dias, do ESF Seival.
Ao ser questionada pelo jornal sobre a sua opinião em relação à cavalgada, Júlia disse que foi muito legal e que pretende ir na próxima.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso
