Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) realizaram, na última sexta-feira (25/06), em São Paulo, os Leilões de Energia Existente A-4 e A-5 (com fornecimentos para daqui quatro e cinco anos) de 2021, para contratação de usinas termelétricas a gás natural e carvão mineral. Ao todo, foram negociados R$ 3,4 bilhões.
Participaram dos certames usinas já existentes e novos projetos com início da operação comercial previsto para antes do período de suprimento. Foram cadastrados 70 projetos para participação do LEE A-4/2021 e 79 para o LEE A-5/2021, totalizando mais de 40 GW de oferta.
Nos certames foram negociados 98,3 MW médios para início de fornecimento entre 1º de janeiro de 2025 e término em 31 de dezembro de 2039, para o Leilão “A-4”. Também foram negociados 64,2 MW médios para início em 1º de janeiro de 2026 e término em 31 de dezembro de 2040, para o Leilão “A-5”.
O Leilão de Energia Existente A-4 negociou energia ao preço médio de R$ 151,15/MWh, com deságio de 52,47% em relação preço-teto estabelecido, de R$ 318,00/MWh. No Leilão de Energia Existente A-5, o preço médio ficou em R$ 172,39/MWh, alcançando deságio de 45,79% em relação preço-teto estabelecido, de R$ 318,00/MWh.
Em ambos os certames, foi contratado o empreendimento termelétrico – UTE Cubatão, a gás natural, localizado no estado de São Paulo.
FASE C – Atualmente, a termelétrica a carvão de Candiota (Fase C) possui contratos de venda de energia para 35 distribuidoras que se encerram em 31 de dezembro de 2024 e estava habilitada para participar destes leilões realizados na última sexta. Contudo não ofertou energia no certame. O TP entrou em contato com a assessoria de Comunicação da CGT Eletrosul – proprietária da Usina, para saber os motivos da não participação. Vale lembrar que a estala faz parte do grupo Eletrobras, que entrará em seguida num processo de privatização.
“Em relação à possibilidade de participação da UTE Candiota nos Leilões Aneel A-4 e A-5, eventos ocorridos na última sexta-feira (25), a CGT Eletrosul esclarece que, embora todos os estudos e desenvolvimento de solução técnica para fornecimento de energia elétrica, após 2024, terem sido realizados pelas equipes técnicas, o Conselho de Administração, após uma aprofundada análise de riscos em relação à atual conjuntura setorial e corporativa, deliberou por não aprovar a participação da CGT Eletrosul nos referidos certames. Entretanto, reiteramos que a CGT Eletrosul continuará em permanente acompanhamento do mercado a fim de identificar outras oportunidades de negócios de geração para a UTE Candiota”, explicam em nota enviada ao jornal.