TABULEIRO POLÍTICO

Confirmação de Sílvio Machado como futuro secretário pode ter reflexos na correlação de forças em Bagé

O futuro secretário Sílvio Machado (E), ao lado do prefeito eleito Mainardi Foto: Alexandre Halls/Especial TP

Há pouco mais de um mês, no dia 26 de novembro, o prefeito eleito de Bagé, Luiz Fernando Mainardi (PT), anunciava sua primeira secretária de governo, a da Fazenda, Adriana Kisata. De lá para cá, ele, em conjunto com o vice Beto Alagia (Podemos), vem anunciando aos poucos o futuro secretariado.

Porém, agora na manhã desta véspera de ano-novo e da posse dos eleitos, foi anunciado por Mainardi o nome de Sílvio Machado para ocupar a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel). Sílvio é tradicionalista, ex-vereador por 12 anos e foi presidente da Câmara bageense. Ainda, acumula passagens pelo comando de várias secretarias municipais, como de Cultura, Desenvolvimento Rural e a própria Esporte e Lazer, inclusive nesta atual gestão. “Agora, com sua experiência, volta ao Executivo para contribuir com o governo e a cidade de Bagé”, disse Mainardi, em nota curta enviada por sua assessoria à imprensa.

A indicação de Sílvio pode ser um sinal importante para o jogo político, segundo alguns analistas da cidade, porque suscita mexer no tabuleiro de forças e sua correlação, além de reflexos na Câmara, já que Sílvio e o vereador eleito Rafael Fuca (Progressistas), possuem muita proximidade política e pessoal. Ambos já foram filiados ao PT, sendo que Fuca foi expulso pelo diretório estadual petista em 2019, acusado de indisciplina partidária.

Nesta segunda (30), Fuca declarou apoio a candidatura de Andrea Gallina para presidir a Câmara em 2025 Foto: Divulgação TP

Nesta segunda-feira (30), num outro movimento, Fuca declarou apoio à sua futura colega de bancada, a também vereadora eleita Andrea Gallina para a presidência da Câmara no ano que vem, sendo que o seu outro colega de bancada, João Schardosim (atual e futuro vereador) também coloca seu nome para a disputa, em clara movimentação de um possível racha numa parte do que seria a bancada de oposição a partir de 2025.

Pegando declarações recentes de Andrea, caso ela seja eleita presidente, o que se depreende é que Mainardi não terá uma aliada de primeira hora na presidência, porém não terá uma inimiga. “Nos comprometemos com os valores e princípios da direita, amparados na democracia e da moralidade pública e saudamos a compaixão pluripartidária que se desenha – representando os anseios da sociedade bageense e o caráter democrático de qualquer parlamento sério”, escreveu ela, ao anunciar o apoio que recebeu de Fuca e ao se comprometer que ele será o líder da bancada do Progressistas na Câmara no ano que vem.

Enfim, a eleição da nova mesa diretora do Legislativo nesta quarta-feira (1º), durante a sessão de posse dos eleitos, dará um indicativo mais claro sobre tudo isso.

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