Cotidiano

O assunto planetário mais importante dos últimos dias foi à coroação do rei da Inglaterra, simplificando, que ele é monarca de penca de países. Charles, aos 74 anos, chega ondeesperou chegar na vida, ao trono. A contrário do muitos, tenho uma certa simpatia por este ser que sempre foi desajeitado fisicamente, feio no popular, sem carisma algum, e que por estas coisas do destino já nasceu com o destino de ser rei e de esperar que este dia chegasse. Com a mãe dura de morrer que teve, o príncipe que nunca pareceu ser encantado se tornou o idoso que chegou lá. Teve de encarar a educação que lhe foi imposta para que fosse um rei à altura do “Reino Unido”. Teve de encarar um casamento que ao que parece nunca o emocionou. Teve que encarar uma separação onde saiu como culpado pelos maiores erros do casamento, ainda que a esposa não tenha deixado barato pegando geral enquanto seu príncipe pegava a “velha feia”. Quase no final do caminho, ainda que tarde, Charles me parece um vencedor.

No Brasil, as investigações envolvendo o ex-presidente Bolsonaro e seus assessores continuam e a cada dia temos novidades. A Polícia Federal devagar e sempre irá minando o ex-presidente, de falcatrua em falcatrua, até que seja preso ao natural, como foi feito com Lula. Os problemas de Bolsonaro são maiores. Não me surpreende. No caso das joias dirão que não foi roubo, foi furto, uma vez que furtivamente as coisas eram desviadas para os cofres de Bolsonaro e da família. O mais humilhante para um ladrão é ter que devolver o que roubou, ou o que furtou. Bolsonaro já devolveu joias furtadas e não conseguiu pegar o que furtivamente tentou pegar, que era muito mais que o que devolveu. Lula nunca devolveu o triplex do Guarujá nem o sítio de Atibaia, que como todos sabem legalmente nunca foram dele, se é que de fato foram por algum tempo.

No Estado, o que me chama a atenção recentemente é a ruindade dos times da dupla Grenal. O Internacional tem um time ruim como um todo faz tempo e corre risco de cair neste campeonato brasileiro. O Grêmio, que só é um pouquinho melhor que o Internacional atualmente, levou um passeio do Palmeiras que chegou a ser constrangedor, mesmo para um colorado, como eu. Do ponto de vista positivo, podemos ver que o Palmeiras é um bom exemplo não apenas para o futebol, mas para a vida. O Palmeiras tem uma base forte e faz tempo, um bom goleiro, um bom zagueiro, um bom armador/finalizador no meio campo e um bom atacante, pelo menos, na ordem, Weverton, Gustavo Gomes, Rafael Veiga e Dudu. Os demais compõem um grupo eficaz. Um time muito bem treinado e que há anos mantém esta base. A repetição faz as virtudes ficarem mais evidentes.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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