Covid-19 está entre nós

Estamos há mais de três meses, todo o santo dia vendo, escutando e lendo sobre a Covid-19 – a doença provocada pelo novo coronavírus. Contudo, uma parcela da população – e não vão pensar que são só os ignorantes, pois tem muita gente escolada e falsamente consciente -, que está desrespeitan­do de forma deliberada as regras recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e das autoridades locais de saúde.

Vejam o caso de Bagé, que em duas festas – uma religiosa e outra de aniversário, resultaram até esta quinta-feira (9) em 34 casos positivos da doença. Isso é tudo que o vírus quer. Muitos não entendem porque há imprecisão total no Brasil sobre quando exatamente será o pico da doença. Uns falavam em maio, junho e agora agosto. Pude­ra, como haverá arrefecimento da circulação do vírus se as pessoas se aglomeram, não usam máscaras, saem de casa sem necessidade.

Estamos chegando a 70 mil mortos, sem ministro da Saúde de forma efetiva no cargo e uma poli­tização sem tamanho da doença. O presidente tanto se aglomerou, tanto desrespeitou as recomenda­ções até que contraiu o vírus. Vai se recuperar como a grande parte dos 1,7 milhão de infectados no Brasil já se recuperaram. Porém, como sabemos, uma parte dos positivados não tem a mesma sorte, sendoque milhares diariamente estão tomban­do, sem falar daqueles que ficam com sequelas.

Vemos os negacionistas usarem argumentos torpes, como queda da mortalidade de 2019 para 2020, não enxergando que as medidas adotadas até aqui, como a diminuição de circulação, fazem cair índices de acidentes e homicí­dios por exemplo. Outro argumento incrivelmente risível é que estados e municípios ganham com a pan­demia. Peguemos só o exemplo de Candiota, que teve queda arrecada­tória nos últimos meses de R$ 4,2 milhões e vai receber do governo federal como socorro apenas R$ 1,2 milhão parcelados em quatro vezes. Que ganho burro é esse?

Felizmente, a grande maio­ria do povo está consciente, apesar da falta de uma concertação nacio­nal. Apelamos mais uma vez para que façamos todos a nossa parte, para que depois possamos cuidar economicamente e socialmente de nossas vidas.

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