A Companhia Riograndense de Mineração (CRM) recebeu no último dia 18 de março, a Licença de Operação (LO 11.45/2025), garantindo a continuidade das atividades de extração e produção de carvão mineral na Mina de Candiota – a maior do Brasil.
A licença, válida até 2027, autoriza a CRM a operar nas áreas denominadas Malha 7 e Malha 4, permitindo não apenas a extração, mas também o envio do carvão para abastecimento das usinas termelétricas.
Com a renovação da licença, emitida pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fepam), a próxima etapa envolve o desmonte, retomada, carregamento e transporte do carvão mineral, incluindo seu direcionamento para a britagem, processo essencial para o fornecimento do insumo energético.
Segundo a direção da estatal, “a renovação da LO reforça o compromisso da CRM com a continuidade das operações, garantindo segurança jurídica e ambiental para suas atividades”.
USINA DE CANDIOTA
Atualmente o único cliente da CRM para fornecimento de carvão é a Usina de Candiota, pertencente a Âmbar Energia, que neste momento vive um impasse, já que está paralisada desde o dia 1º de janeiro último com o fim dos contratos de venda de energia. A luta neste momento é para que o governo federal emita uma Medida Provisória (MP), que garanta a recontratação da unidade até para além de 2040.
Entretanto, segundo analistas, a obtenção da LO da Mina de Candiota é uma notícia bem importante, pois assim que resolvido o impasse da Usina, ela está habilitada a seguir fornecendo o insumo, sem qualquer entrave jurídico ou ambiental.
Além disso, a Mina de Candiota fica igualmente habilitada a debater novos contratos de fornecimento de carvão para a termoeletricidade, bem como para outros projetos de aproveitamento do mineral.