CRM salva de novo

No apagar das luzes de 1996, os mineiros de Candiota viveram sensação parecida como a de agora, qual seja, a de ver a Companhia Riograndense de Mineração (CRM), construída por inúmeras gerações de gaúchos e gaúchas, ameaçada de ser entregue às mãos da iniciativa privada e muito provavelmente estrangeira.
Mas como um gato, que reza a lenda tem sete vidas, a gloriosa estatal esta semana, novamente passou por uma prova de fogo, escapando mais uma vez da privatização. Lá em 1996, foi por muito pouco e agora, em 2018, outra vez.
O argumento de que estatais são deficitárias e de que os funcionários não trabalham, descolam da realidade. As empresas públicas, via de regra, existem onde a iniciativa privada rejeitou atuar, tendo o Estado lançado mão da exploração para o bem de toda uma sociedade, como é o caso da CRM, na extração do carvão mineral.
Aqui, que fique claro, não está se fazendo uma apologia ao estatismo desenfreado, porém, há setores que são estratégicos para a soberania nacional e nos parece que, em se tratando de energia, precisamos ter mais cautela.

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