Depois da tempestade

Depois da tempestade, aos que sobreviveram a ela, tempos de calmaria. Como previ na semana passada, o movimento de invasão dos principais prédios do país levaria ao fim da baderna.

Há dias em que falam que as peças se movem como num jogo de xadrez. Entendo um pouco desta área. Dos que jogam xadrez no “chess.com”, a maior plataforma de xadrez online do mundo, finalizei 2022 com 2015 de rating em partidas rápidas. Apenas 0,77% dos jogadores conseguem chegar a este nível ou superior. Não é pouca coisa.

Seguidamente comento que jogadores ruins, digamos assim, otários, a gente não precisa fazer força para ganhar. Eles erram.
Poucas palavras cabem tão perfeitamente como uma que foi inventada recentemente, patriotários. Era só deixar eles jogarem que perderiam o jogo. Parece que perderam.

Como eu escrevi, alguns escreveram depois ou na mesma época, o pessoal facilitou e não foi por acaso.

Bastava observar o que aconteceu após a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, para entender que a mesma ação seria respondida com a mesma reação, das forças políticas, do judiciário, e principalmente da sociedade. Lá, os destrambelhados provavelmente sabiam que daria errado ou que provavelmente não daria certo. Aqui, os patriotários, hoje chamados de terroristas, deveriam ter certeza de que não daria certo. Fizeram.

Como todos os covardes, uma vez presos, reclamaram de tudo, da comida, do pouco jeito com que foram tratados, até da coca-cola, e nem vou me alongar nos chorões.

Resta ao presidente dizer que uma CPI para investigar responsabilidades não é oportuna. Cabe ao Supremo Tribunal Federal manter uma centena ou centenas presos por algum tempo e uns milhares respondendo processo.

Ao ex-presidente, que ninguém sabe o que pretende, uma vez que entrou em depressão pós-derrota e até hoje não saiu dos seus esconderijos, cabe alongar um pouco sua permanência no exterior. Quando voltar, já esquecemos que ele deveria ser preso e tudo fica bem para todos.
Como escrevi, tempos de calmaria. Até quando?

A classe política, independente de partido ou ideologia, pretende mesmo é se livrar de Bolsonaro. Este, já deu o que tinha que dar e todo mundo sabe disso, mas é um entrave para o surgimento de outro nome viável no campo da direita.

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