Dias longos, dias de lutas

Mais um dia que amanhece, o frio já dá seus primeiros sinais antes mesmo da entrada da estação correspondente, é o segundo ano consecutivo em que vivemos sitiados pela pandemia, esse mal que assola a humanidade, que nos dá sensação de insegurança mesmo vacinados.
Assintomáticos em toda parte, os cuidados deixam de ser individuais, passam a ser coletivos. O temor e o receio passam a ser uma constante vigia do cotidiano. Os protocolos sanitários aos poucos vão se tornando hábitos permanentes, vieram para ficar.
O nível de emprego atinge números baixíssimos, assombroso índice de desempregados, outros tantos já desanimados, alguns desistentes, cansados, entregando os pontos ao desalento e o seu caminho aos desígnios divinos.
Caos econômico, social, educacional, cultural, na área da saúde. Visível falta de planejamento das autoridades governamentais que deveriam ter agido com mais antecedência, com precaução, acima de tudo com bons exemplos à população e com lideranças positivas, quesito em absoluta carência na política nacional.
Populismo decadente e por incrível que possa parecer, ainda atrai pessoas de todos os níveis, jogando para a torcida, viramos num pitoresco e ridículo tribunal, onde todos acusam aos outros, e todos absolvem a si próprios.
O regime vigente, este se alimenta do caos e da desgraça, cria uma rede de desinformação, mas divide e transfere a responsabilidade do mal com prefeitos e governadores, afinal, quem não sabe que a responsabilidade dividida fica bem mais leve!
Mas Pindorama possui um povo de fé, com sentimento de solidariedade imensurável, uma força inquebrantável, ajudando aqueles que desanimaram ou desistiram da luta.
Evoco ao poeta insano que já nos deixou, e que em meio a sua sapiência acima de todos os níveis, cantou:
“Haviam as estradas no meu pensamento que não me levavam pra nada, e o tempo corria e ia dizendo com sua boca calada, que só a tristeza, só a solidão impedem aos homens de continuar. E que assim como o sol, por todo o verão, os homens devem brilhar.”
Assim seguimos, mas atenção senhores, muito cuidado, há urubus no telhado e a carne seca está sendo servida.

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