O prefeito bageense gravou um vídeo para falar sobre o assunto Foto: Reprodução TP
O pedido feito pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), na última sexta-feira (25), para que a candidatura à reeleição do prefeito bageense Divaldo Lara (PTB) seja impugnada, já gerou grande movimentação na corrida eleitoral da maior cidade da região.
A ação do MP se baseia na condenação que Divaldo possui junto ao TRE-RS, juntamente com seu irmão e deputado estadual Luís Augusto Lara, por abuso do poder econômico e político nas eleições de 2018 e que está em fase recursal no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O MPE argumenta que como há uma decisão colegiada (sentença dada por mais de um juiz) contra Divaldo, ele estaria impedido pela Lei Complementar 135/2020 (da Ficha Limpa), conforme o texto legal: “Os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes”.
A defesa de Divaldo argumenta que como houve apelação da sentença do TRE-RS ao TSE, os efeitos dela estão suspensos até que haja o julgamento do recurso.
Neste sábado (26), chegou a circular nas redes sociais, a informação de que Divaldo estaria já impugnado, contudo, salvo melhor juízo, não há ainda sentença judicial sobre a validade ou não da sua candidatura à reeleição. No fim da tarde de sábado, a juíza da 7ª Zona Eleitoral, Marina Wachter Gonçalves, fez um despacho dando sete dias para que Divaldo se defenda do pedido do MPE. O TP fez contato com a juíza Marina, porém ainda não obteve retorno.
Num vídeo publicado na manhã desde domingo (27), Divaldo se defende do pedido de impugnação do MPE, desmente que esteja impugnado e ataca. “Como previsto, já neste sábado começaram os ataques pelo PSOL – braço do PT, e também pelo Ministério Público, que entrou com um pedido de impugnação. Nada mais é que um pedido. Nós temos CNPJ e Certidão Eleitoral (ele exibiu o documento) e estamos aptos. Vamos até Brasília para mostrar que os bageenses querem escolher seu candidato a prefeito nas urnas. Não vão nos vencer no tapetão. É feio e vergonhoso querer vencer sem disputar. Estamos prontos para a eleição”, declarou.
