Ex-prefeito gravou um vídeo para declarar sua disposição em concorrer Foto: Reprodução TP
O ex-prefeito de Hulha Negra (1997-2000), Fernando Campani (PT), afirmou ao TP neste fim de semana, que após a reportagem veiculada pelo jornal – onde ele colocava dificuldades em ser candidato mais uma vez na cidade (se for, será a terceira), citando dificuldades econômicas, profissionais e políticas -, recebeu muitos acenos de carinho, especialmente de pessoas da comunidade, bem como de deputados estaduais e federais, no sentido de incentivo a que ele mantenha à disposição. Assim, tomou a decisão de colocar seu nome para a apreciação do PT hulhanegrense como pré-candidato a prefeito.
Na reportagem anterior, Campani afirmou que abria mão caso o ex-secretário e agricultor assentado Marino de De Bortoli também estivesse disposto. O jornal indagou a Campani sobre esta situação e ele apenas disse que isso era uma decisão do partido. Também buscamos contato com Marino, que até o momento não respondeu.
Ao TP e também num vídeo postado nas redes sociais, Campani disse que as dificuldades apontadas por ele são reais e não se modificam. “Pois não posso disfarçar os limites da capacidade de doação neste período de distanciamento e depressão econômica. Não só pra mim mas para todos os candidatos que produzem para obter renda num período excepcional do mundo. Creio que na depressão econômica irão predominar candidatos ricos, servidores públicos e representantes de segmentos milionários para manter uma campanha. Entretanto o apelo das bases sociais são importantes e determinantes neste momento de decisões. Vamos mergulhar num esforço desgastante para atender o apelo das bases sociais que também sofrem com a atual conjuntura de um país conduzido por um psicopata, associado a um time de milicianos sem compromisso com um plano sustentável para o povo. Vivemos um momento de doações! Estou colocando a minha expertise técnica e experiências vividas em vários lugares para construir uma cidade melhor e, verdadeiramente, emancipada. Não estou me propondo a ser contra. Todos os governos da cidade de Hulha Negra foram esforçados e cada um fez a sua parte. Agora estou propondo ser dirigente de uma cidade para tratar de temas estratégicos. Quero estabelecer plataformas concentradas em temas relacionados com a infraestrutura pública para o desenvolvimento (estradas), o abastecimento de água como sinônimo de saúde e qualidade de vida para atrair mais pessoas que queiram investir na cidade, estimular o empreendedorismo local a partir das potencialidades instaladas e potenciais, políticas de atrativos econômicos com competência diplomática para trazer investimentos do mundo para Hulha (o povo precisa de oportunidades de trabalho, renda e dignidade), qualificar os serviços públicos através da qualidade das ferramentas e melhores condições para os servidores”, disse.
Também disse que sua pré-candidatura tem espírito cristão, além de compromisso fundamental e estratégico com a juventude. Minha meta principal é promover a verdadeira emancipação econômica da cidade.
Por fim, Campani disse que não anda um passo sem uma aliança com as organizações sociais e econômicas da cidade, além da aliança programática com partidos que já são, segundo ele, aliados pessoais. “Não vou caminhar sem o PTB. Acredito que as lideranças trabalhistas, socialistas, sociais democráticas e cristãs estarão unificadas em torno do projeto. Não me disponibilizei para ser contra. Seremos à favor do crescimento da cidade e da ampliação de oportunidades. Sempre a favor do bem, das pessoas sem distinção”, afirmou.
Se confirmar sua candidatura, Campani deverá enfrentar novamente o atual prefeito nas urnas, pois Renato Machado (Progressistas) e ele protagonizaram em 1996, a eleição mais disputada da história de Hulha e da região. Campani venceu por 10 votos de diferença do segundo colocado, Jaci Jacinto Coelho, o Titi (PDT) e por 38 de Renato, que ficou em terceiro.
