ESPECIAL CHUVAS RS

Em alerta, gabinete de crise estadual foi acionado já nas primeiras chuvas

Governo estadual dispõe valores para reconstrução de estradas e presta apoio à empresas e trabalhadores afetados pela enchente

Além da região de Porto alegre, três bases de suporte humanitário foram montadas no interior. Vice-governador Gabriel Souza ficou a frente dos locais Foto: Gustavo Mansur Secom/Especial TP

O  governo estadual do Rio Grande do Sul procura medidas e disponibiliza auxílios para ajudar as famílias afetadas pelas fortes chuvas dos últimos dias, além de já pensar em uma forma de reconstruir o estado após as enchentes. Ações têm sido realizadas desde o dia 30 de abril, quando já preocupado com o grande volume de chuvas, uma reunião do Gabinete de Crise foi acionada.

A partir daí, teve início, por meio da Defesa Civil estadual, a solicitação para atenção especial em áreas de risco com retiradas dos moradores e a divulgação de boletins com informações sobre as enchentes. Neste período, forças de segurança já atuavam no resgate a vítimas e aeronaves já haviam sido solicitadas pelo Estado. Com reuniões constantes, diariamente estratégias passaram a ser montadas pelo governo na busca por soluções e apoio devido as inundações.

No último dia 5, foi anunciada a abertura de um crédito suplementar no valor de R$ 117,7 milhões no orçamento, destinado à recuperação imediata da infraestrutura rodoviária estadual danificada pelas chuvas. A medida foi estabelecida no Decreto 57.599/2024, publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE).

Além disso, segundo informado no site, o governo por meio da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP), elaborou um plano de reestruturação no setor de trabalho, emprego e renda diante dos eventos meteorológicos que afetam o Rio Grande do Sul. Um dos primeiros passos é contribuir com a divulgação do Saque Calamidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), modalidade que permite ao trabalhador sacar até R$ 6, 2 mil do saldo da conta por necessidade em razão de desastre natural que tenha atingido sua área de moradia. O direito à retirada depende da habilitação do município em situação de emergência ou estado de calamidade pública.

No dia 6, no encontro realizado com todos os secretários, o governador Eduardo Leite, discutiu as prioridades para nortear o trabalho do Executivo. Ainda, foram discutidas questões como a retomada do abastecimento de água, o auxílio do Estado aos municípios, a reconstrução de pontes, estradas e rodovias, os impactos na indústria e nos setores econômicos, a paralisação do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, a intensificação de patrulhas nas regiões afetadas para garantir a segurança da população, o retorno das aulas e a necessidade de combate às fake news.

Outro tópico também abordado pelo governador, Eduardo Leite e seu vice, Gabriel Souza, é em relação a reconstrução do Estado após o salvamento de vidas nas enchentes que estão devastando o RS. Em uma reunião realizada no dia 7 de maio, e que contou com a presença de secretarias, instituições financeiras, entidades e empresários, Leite reforçou  que está em contato com governadores de outros estados para pedir auxílio, em especial aos que fazem parte do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). “Minha grande preocupação é dar ao Brasil a noção do que está acontecendo aqui”, destacou.

Governador Eduardo Leite durante visita ao hospital de campanha do Exército Brasileiro instalado em Eldorado do Sul, uma das cidades mais atingidas Foto: Divulgação TP

ALERTA PARA O CLIMA

 

Ainda no dia 7, no Palácio Piratini, o governador fez um alerta para a previsão do tempo que deve sofrer mudanças ainda nesta semana. Na oportunidade, ele citou o retorno das chuvas intensas entre os dias 8, 10 e 12 de maio. “Teremos temporais generalizados em todo o Estado. As temperaturas despencarão na noite de quarta. E há uma projeção de que, entre sexta e domingo, tenhamos mais chuvas fortes. Então, não será hora de voltar para casa”, reforçou.

 

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