RURAL

Rio Grande do Sul é o primeiro Estado a solicitar declaração de zona livre de mormo

Reunião da Câmara Setorial de Equídeos discutiu o status sanitário do setor Foto: Emerson Foguinho/Especial TP

A solicitação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen­to (Mapa) para que o Rio Grande do Sul seja declarado zona livre de mormo foi um dos assuntos abordados durante a reunião da Câmara Setorial de Equídeos, reali­zada nesta quarta-feira (3) na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em Porto Alegre.

O Rio Grande do Sul é o primeiro Estado a apre­sentar esta solicitação ao Mapa. De acordo com Luiz Otávio da Silveira, fiscal do ministério, a Instrução Normativa (IN) 6/2018, que determinou as exigên­cias para declarar uma área como zona livre de mormo, é complexa e está sendo es­tudada pelo Mapa, que vem detalhando todos os passos necessários para a obtenção dessa declaração.

Assim que o modelo de inquérito estiver definido, o Estado tiver os resultados dos exames e atingir marca de três anos sem registro de caso confirmado de mormo, a Secretaria solicitará uma auditoria do Ministério, para avaliar o cumprimento das condições técnicas exigidas na IN 6/2018. Com base nessa auditoria, o Mapa elaborará um parecer técnico que reconhecerá ou não o Rio Grande do Sul como zona livre de mormo.

“Conquistar essa de­claração no ministério vai facilitar o trânsito e certifi­car a qualidade dos nossos animais. Avançar no status sanitário significa, sempre, um impacto positivo nos ne­gócios da cadeia”, afirma o coordenador da Câmara Se­torial dos Equinos, Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto.

SITUAÇÃO SANITÁRIA A fiscal estadual agropecuária Rita Dulac Domingues, do Programa Estadual de Sani­dade de Equídeos, detalhou como anda o status sanitário do setor referente às duas doenças que contam com programas oficiais na SEA­PDR – o mormo e a anemia infecciosa.

Enquanto o mormo teve, de 2015 a 2019, 47 focos da doença – sendo que o último ocorreu em julho de 2017, a anemia infecciosa contabilizou 59 focos no Estado em 2017, 53 em 2018 e apenas 16 no primeiro semestre de 2019.

MICROCHIPAGEM Du­rante a reunião, também foi definido um grupo de traba­lho para elaborar um plano para implantar a microchipa­gem de todos os equídeos no Rio Grande do Sul. Além de prover identificação ao ani­mal, o número do microchip poderá armazenar dados como características físicas e exames obrigatórios para emissão de Guias de Trânsi­to Animal (GTAs). Detalhes sobre como colocar o plano em prática devem ser abor­dados durante a próxima reunião da Câmara Setorial, em data a ser definida.

DOENÇA Mormo é uma doença infecciosa causada pela bactéria Burkholderia mallei mais frequente em equídeos (cavalos, asnos e mulas), mas podendo também ser contraída pelo homem. É uma infecção transmitida por secreções nasais, orais, oculares, fezes e urina de animais infectados.

Fonte: Governo do Estado do RS

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