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Dezembro chegou e em breve estaremos comemorando mais um natal e celebrando a possibilidade de vivermos mais um ano. Como sempre, vamos desejar “feliz natal” a quem estiver por perto, seja lá o que isto queira dizer nos dias de hoje. Em primeiro de janeiro, vamos dar adeus ao ano velho conhecido, com os problemas que nos causou e com as dádivas que nos oportunizou. “E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,/Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar./Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar”. Assim diz a letra de Aquarela, de Vinicius de Moraes, Toquinho, Guido Morra e Maurizio Fabrizio.
Continuaremos os mesmos, com nossos velhos defeitos cultivados há tempo e com nossas virtudes nem sempre tão relevantes como acreditamos que sejam.
Vamos continuar assistindo alguns acharem que tudo é normalidade. Expulsar médicos cubanos do Brasil continuará sendo visto por muitos como oportuno. A ignorância, que se acentua com o fanatismo, não permite ver que o medíocre atendimento à saúde pública no Brasil (não é de hoje) tem como componentes determinantes, entre outros, a falta de gestão e o perfil dos médicos brasileiros. No Brasil, jovens fazem medicina para ganhar muito dinheiro. Não têm interesse em fazer trabalho social para populações carentes, periféricas, moradoras de distantes centros urbanos e justificam que não há adequadas condições de trabalho (e não há mesmo). Alguns recém formados até podem ficar por lá uns dias, não mais que isto. Os médicos cubanos não mudaram o perfil do atendimento à saúde pública no Brasil, apenas amenizaram o problema. Os mais pobres continuarão sendo atendidos, se der, quando der.
Muitos continuarão achando normal que o presidente falou que governaria com quinze ministérios. Já anunciou dezenove ministros e vem mais. Certa vez, em Hulha Negra, um candidato disse que poderia pensar em plantar uma lavoura de milho e depois não plantar um pé, justificando num debate que havia prometido gastar mais de 100% da receita.
Todo dia, me convencem que não é esperando soluções governamentais que vamos evoluir. O nosso sucesso quem faz somos nós mesmos. Neste dia primeiro, o jornal está reconhecendo os que foram escolhidos em votação popular como os melhores do ano em Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado, em três categorias, empresas e entidades, profissionais liberais e outras profissões, agentes políticos. Eventos como este fazem muita diferença. Parabéns a quem ganhou. Quem não ganhou poderá estar em destaque no próximo ano, mas terá de se qualificar para estar neste seleto grupo.

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