
Reunião definiu as diretrizes para implantar a política público do Ministério da Saúde Foto: Lorena Robaina/Especial TP
Com objetivo de implementar o primeiro Laboratório Trans Nível 1 do município de Bagé, ocorreu recentemente, uma reunião com representantes das Secretarias Municipais de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência (SMS) e a de Políticas Públicas para Mulheres (SMPPM). O encontro discutiu as demandas necessárias para implementar essa unidade, que é uma política pública do Ministério da Saúde, e que tem como meta ampliar os serviços já oferecidos no âmbito da saúde.
Atualmente, a SMPPM conta com um serviço de acolhimento para a população trans, disponibilizando atendimento psicológico e suporte da Saúde da Família. Com a implantação do Laboratório Trans, os serviços serão expandidos, conforme os três níveis definidos pelo Ministério da Saúde.
Dessa forma, no Nível 1, será oferecido atendimento básico; no Nível 2, além desse atendimento, estarão inclusas cirurgias ambulatoriais; e no Nível 3, todos os serviços anteriores, incluindo cirurgias de readequação sexual.
De acordo com a secretária de Saúde, Terezinha Ricaldone, “a reunião com a secretária Patrícia Alves (SMPPM) teve como objetivo otimizar os serviços para a população e cadastrar oficialmente esse ambulatório dentro dos projetos do Ministério da Saúde. Estando ele cadastrado, poderemos organizar os serviços com os profissionais necessários e depois realizarmos os convênios, a fim de beneficiar a população, de acordo com os padrões do Ministério da Saúde. Com isso, dando início à implementação do laboratório nível 1”, afirmou a Secretária de Saúde, Terezinha Ricaldone.
A secretária Patrícia ressaltou que a legalização do Ambulatório Trans permitirá a ampliação dos serviços oferecidos. “Ele passará de dois atendimentos atualmente disponíveis para seis, incluindo consultas com nutricionista, endocrinologista, assistência social e serviço jurídico”, detalhou a secretária.
Para Marcela Meirelles, usuária dos serviços, o projeto atual é um local de acolhimento, mas ainda não pode ser classificado como um Ambulatório Trans dentro do sistema de saúde. “Pois não conta com todos os serviços previstos no projeto do Ministério de Saúde”, complementou.
A iniciativa representa um avanço na garantia de direitos e no acesso equitativo à saúde para a população trans, promovendo inclusão e cidadania. A implementação do Laboratório Trans Nível 1 será um primeiro passo nesse processo de ampliação e fortalecimento da rede de atendimento especializado.