JUSTIÇA

Em nota, Mainardi diz que Divaldo não tem legitimidade para ser prefeito de Bagé

Mainardi concorreu a prefeito de Bagé em 2020 Foto: Arquivo Facebook/Especial TP

O deputado estadual e ex-prefeito de Bagé, Luiz Fernando Mainardi (PT), se manifestou publicamente por meio de uma nota oficial sobre a cassação do deputado Luís Augusto Lara e que também deixou inelegível até 2026 o atual prefeito bageense e irmão de Luís Augusto, Divaldo Lara, ambos do PTB.

Na última quinta-feira (3), o pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, por sete votos a zero, a condenação dos irmãos por abuso do poder econômico e político nas eleições de 2018. Ambos já haviam sido condenados pelo Tribunal Regional Eleitoral, ainda em 2019.

Segundo a nota de Mainardi, as práticas ocorridas em 2018 – como uso de, segundo ele, uma multidão de cargos em comissão (CCs), prestadores de serviços em contratos emergenciais e contratados avulsos, todos fazendo campanha eleitoral -, se repetiram na eleição de 2020. Mainardi foi derrotado na ocasião por Divaldo, que se reelegeu. “A decisão do TSE confirma aquilo que já sustentamos desde a eleição de 2020: os irmãos Lara são fichas sujas, condenados por órgão colegiado por delitos previstos na Lei da Ficha Limpa. Logo, a candidatura a prefeito de Divaldo Lara nas eleições municipais passadas foi ilegítima, bem como carece de legitimidade a sua condição atual de prefeito. A condenação pelo TSE é, também, a primeira a ser julgada de mais de uma dezena de ações que Divaldo Lara responde. O Ministério Público Estadual o acusa da prática de diversos crimes, tais como recebimento de propina, organização criminosa, lavagem de dinheiro, desvio de verbas públicas, formação de quadrilha, fraude à licitação, corrupção passiva, entre outros delitos. Uma pessoa com esse nível de envolvimento em crimes eleitorais e com esse currículo criminal não tem qualquer condição de seguir gerindo uma estrutura pública como a Prefeitura de Bagé. Por isso, vamos dar sequência a ações de âmbito político e judicial que possam colocar as coisas em ordem na vida administrativa de Bagé”, escreveu.

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