Uma assembleia realizada no início da noite da última quinta-feira (26), debateu a possibilidade de uma paralisação de alerta do funcionalismo municipal de Pinheiro Machado para a próxima semana. A reunião foi convocada pelo Sindicato dos Municipários de Pinheiro Machado (SiMPiM).
A decisão da maioria dos servidores que estavam na assembleia, realizada no Clube Filhos da Lua, foi de não fazer o protesto. O encontro foi convocado quase que exclusivamente para este fim. O motivo de uma possível paralisação é o atraso salarial, que referente ao mês de março foi pago 40% nesta segunda-feira (30) e outros 60% será pago no dia 10 de maio. Ainda falta metade do 13º salário de 2017 – que tem a promessa de ser pago no início de junho -, e também vários meses de vale-alimentação.
Conforme presidente interina do sindicato, Angela Marques Régio, a decisão de não realizar a paralisação foi devido ao reduzido número de funcionários ativos presentes na reunião, que foram de apenas 46, num universo de mais de cerca de 400. “Os mesmos optaram por não fazer a paralisação, pois entendemos que para votação em uma Assembleia que representa a categoria teria com certeza ser um número maior de servidores”, salientou ela, lembrando que alguns servidores inativos também compareceram.
AUDIÊNCIA – Conforme Angela, o ex-vereador e fisioterapeuta da Prefeitura, Fábio Dias, sugeriu uma audiência pública com a presença do promotor de Justiça, o prefeito, vereadores e empresários locais, com o objetivo de discutir a crise e procurar soluções. Por maioria, a assembleia concordou com a audiência pública, mas sem a presença dos vereadores.
Em relação a não presença dos vereadores, a presidente esclarece que a posição é de um pequeno grupo de servidores e que na Assembleia formou maioria. “Um grupo de servidores não aceita a presença deles nas reuniões. Uma vez tive que pedir para os vereadores se retirarem com toda educação, porque quando chegaram gerou revolta. É muito complicado. Para não gerar polêmica, já vamos evitar”, explicou ela.
AÇÃO JUDICIAL – O SiMPiM não descarta a possibilidade de uma ação judicial pedindo o bloqueio das contas do Executivo para que se priorize o pagamento salarial, porém ainda neste momento não há nenhuma ação neste sentido.