Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, disse esta semana que uma vez aprovada a reforma da previdência, que pretende aprovar até julho, a prioridade passará a ser a reforma tributária. Esta semana, uma comissão especial na Câmara está sendo instalada para apreciar a “chamada” reforma tributária que nada mais é que uma simplificação tributária proposta por um deputado do MDB, Baleia Rossi (SP). A proposta visa unir IPI, ICMS, ISS, Cofins e PIS num único imposto, o IBS, imposto sobre bens e serviços.
O problema maior do IBS é que, aparentemente, se trata de um imposto facilmente sonegável substituindo impostos sonegáveis.
Se eu colocar algo a menos no meu imposto de renda, a receita federal identifica tudo. Nem tento me fazer de esquecido; sei que terei de corrigir a declaração e a devolução vai atrasar. Porém, quando se trata de indivíduos que manipulam milhões em dinheiro vivo, os Órgãos de fiscalização e controle não parecem tão atentos. A reforma tributária, por enquanto, é só para ocupar espaço no noticiário.
Em se tratando de moralidade, lembro que o atual prefeito de Hulha Negra, Renato Machado, sempre fala que, quando era vice-prefeito, sendo eu o prefeito, e ficava no cargo por uns dias, eu levantava da cadeira de prefeito, determinava que ele tomasse às decisões necessárias e saia sem deixar uma única gaveta fechada. A minha sala, em qualquer cargo público que ocupei, não tinham gavetas chaveadas quando eu não estava.
Quem trai marido ou mulher, trocando mensagens por celular, sabe a razão pela qual o telefone não pode ser visto por outras pessoas. O ex-juiz Moro e Dallagnol, o da polícia federal, sabem que precisam esconder suas mensagens. Para eles, o que está publicado é “fake” e fake é mentira. Lula recebeu um triplex que nunca foi entregue, mas é dele e até atribuíram valor à propina recebida. Esta notícia é “fake” e fake é verdade.
Sérgio Moro acertou com Bolsonaro que os bons serviços que prestaria na manipulação da campanha eleitoral seriam pagos com um cargo de ministro e posteriormente com uma indicação para o Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro admitiu, faz poucos dias, a existência do “compromisso” e que Moro será indicado para o Supremo Tribunal Federal. Depois disse que tinha se enganado em falar em “compromisso”. Não se enganou. O problema do Moro é que Bolsonaro não é confiável. Moro já é descartável. O tal “compromisso”, para os amigos, é um acordo razoável. Para outros seres racionais, é propina.
Um ditado espanhol, traduzindo, diz que: tudo é verdade, tudo é mentira, tudo depende do olhar com que se olha.