O que debater 12

*Por Marco Antônio Ballejo Canto

Tenho tratado nesta coluna nos últimos meses de temas que seriam interessantes serem debatidos na próxima campanha política que tem a especial característica de ser municipal.

Ao ler 12, provavelmente muitos não terão ideia do que tratei nas 11 anteriores. Como sempre é interessante não perder a linha de raciocínio, vou lembrar destas 11 na coluna de hoje.

Na primeira tratei da importância de todos conhecerem a receita e a despesa dos seus municípios e o que é feito com as mesmas. Na segunda mostrei que conhecer os percentuais de investimentos significa pouco pois se a receita aumenta mais que a inflação, e aumentou mais nos últimos anos, o mesmo percentual pode significar que se está gastando mais para fazer a mesma coisa. Acontece na educação e na saúde, onde se aplica muito mais atualmente e quando se vê o percentual sobre a receita continua o mesmo de anos atrás. Na terceira e na quarta mostrei o que cada município da região, Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado arrecada por habitante e com números quanto a receita subiu nos últimos anos.

Na quinta mudei o foco, inicialmente na receita e despesa, e tratei de educação, da importância de uma escola na formação dos jovens. Na sexta, da péssima ideia de trocar salários por penduricalhos como auxílio alimentação. Na sétima voltei à educação e tratei dos péssimos desempenhos das redes municipais de ensino na região.

Na oitava coluna escrita no tema ‘O que debater’ tratei do atendimento à saúde e da importância de manter unidades em atendimento 24h. Na nona mudei o tema para política e tratei dos conceitos de esquerda e direita. Na décima voltei à educação e tratei da importância econômica de uma boa administração do transporte escolar. Na décima-primeira abordei a importância do cuidado das administrações com as coisas públicas.

Como todos podem observar, ainda que tenha escrito onze colunas sobre o tema, o universo das coisas que precisam ser tratadas é muito maior. E mesmo que eu escreva uma coluna por semana até o dia das eleições, muitos temas importantes não seriam abordados.

Um dos temas mais importantes para as comunidades do interior é a questão das estradas rurais. O administrador gasta uma fortuna para arrumar e em pouco tempo tem de arrumar de novo. Ciclos que se repetem e que são necessários, porém com soluções difíceis em municípios com grandes áreas e com baixa produção média por hectare, característica do Sul do Estado, o que resulta em receita do município baixa em razão da produção e custo alto de manutenção das estradas.

Uma das coisas que acaba com qualquer resquício de vontade que eu ainda tenha de voltar a ser um administrador público, são as estradas do interior. Haja paciência e dinheiro para resolver os problemas de tantos que, com razão, exigem melhores estradas.

Ao eleger uma autoridade, o eleitor que mora no interior precisa crer que este eleito tenha um compromisso de tratar o assunto como prioritário. Para quem concorre é mais fácil se mostrar comprometido quando concorre. Depois… Bem, depois é outra história.

Eu, que nunca fui dos melhores em resolver os problemas das estradas do interior, sugiro que façam o debate, mas nem vou entrar em detalhes de apontar soluções nas quais não acredito muito.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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