CANDIOTA

Em visita a região, deputado se posiciona sobre a Fase C e fala sobre o cenário federal

Dionilso Marcon cumpriu agenda na região no fim da última semana

Deputado visitou o jornal acompanhado de lideranças locais. Na foto com a imprensa candiotense Foto: Silvana Antunes TP

Na sexta-feira (28), durante agenda na região, o deputado federal Dionilso Marcon (PT), visitou a redação do Tribuna do Pampa. Acompanhado da vereadora Luana Vais e do vereador Danilo Gonçalves (ambos petistas), e ainda d   o ex-vereador de Pinheiro Machado e assessor do deputado na região, Gilson Rodrigues, o parlamentar falou ao jornal e a Rádio Interativa FM que estava presente na ocasião, sobre os primeiros meses do governo Lula, o carvão mineral, a Fase C da Usina de Candiota e ainda sobre a dívida do Rio Grande do Sul com a União.
ROTEIRO
Ao TP, Marcon relatou estar cumprindo agendas na região. A primeira ocorreu na cidade de Pinheiro Machado em um encontro com militantes do partido e entrega de maquinários para uma associação, além de visita a Associação Pinheirense de Trabalhadores com Recicláveis – Reciclando para Viver. Em candiota, o deputado visitou a Coptil para debater a questão do leite e o assentamento Nossa Senhora Aparecida. A agenda foi encerrada em Pedras Altas, na 8ª Fejupa.
GOVERNO LULA
Solicitado a fazer uma análise acerca dos sete primeiros meses do atual governo do Brasil, do presidente Luis Inácio Lula da Silva, Marcon diz ver mudanças positivas, citando como exemplos, comparações dos preços dos combustíveis e do óleo de cozinha. “Há dois anos pagamos mais de R$ 8 o preço do litro da gasolina e hoje, dependendo do lugar, chega a pouco mais de R$ 5, uma redução de cerca de R$ 3”, lembrou, destacando ainda que mesmo que haja desemprego no RS, a nível nacional aumentou a população com carteira assinada.
O deputado citou programas e ações lançadas pelo governo também para exemplificar as melhorias. “Minha Casa Minha Vida; igualdade de salários entre homens e mulheres e precisamos insistir nisso; aumento de vagas no ProUni; recursos para os estudantes; R$ 77 bilhões no Plano Safra; Mais Médicos; Brasil Sorridente; Farmácia Popular; pagamentos do governo anterior; organização para colocar em andamento obras paradas; aumento da aprovação pelas relações de amizade com o mundo; recursos de R$ 2,5 bilhões para as universidades federais e escolas técnicas são exemplos, por isso que afirmo que a nota é positiva, está sendo mostrado que é possível um Brasil para todos, pois o presidente Lula tem compromisso com os pobres, com a população mais carente”, destacou.
CONGRESSO NACIONAL
O jornal também questionou o deputado quanto a relação do governo com o Congresso Nacional. Marcon afirmou haver a necessidade de uma base mais sólida, visto atualmente, segundo ele, haver três Congressos em um só. “Temos a base sólida do Lula, cerca de 140 deputados, o centrão e a oposição. É uma base muito heterogênea, não é confiável e a Câmara Federal tem um vício que não é fácil de terminar, que é o toma lá e da cá. Por outro lado temos um presidente que é bastante negociador e firme e um grande apoio externo, o que é muito bom. Divergir faz parte da democracia, sempre se evolui e se tira algum proveito”, falou.
CARVÃO MINERAL E FASE C
Uma grande preocupação de Candiota, assim como da região, é o futuro do carvão mineral e o fim do contrato da Fase C da Usina de Candiota. O tema também esteve em pauta, oportunidade em que Marcon, mostrando preocupação, disse estar na luta.
“Foi um crime do governo anterior privatizar a Eletrobras e outro crime agora, vender a parte de Candiota. Não podemos fechar os postos de trabalho, precisamos prolongar essa questão para as pessoas não perderem seus empregos. Fechar a Fase C significa levar a falência de três a quatro municípios. Junto a isso temos a transição e sabemos dessa necessidade. Já estivemos em diversas reuniões, inclusive uma audiência com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Vejo que essa pauta está bem encaminhada, mas não é algo que se resolve rápido, são necessários acordos. Mas estamos acompanhando, todos têm nosso apoio. Na região já está ruim com a Fase C, imagina se de 4 a 5 mil pessoas perderem emprego?”, questionou.
DÍVIDA RS
O bate-papo foi encerrado com uma solicitação de posicionamento do deputado quanto a renegociação da dívida do RS com a União. Marcon se referiu ao governador Eduardo Leite como um mau administrador. “Engraçado é que tinha que vender tudo para equalizar as contas, não deu aumento para os funcionários e vendeu a Corsan. Ele tem que terminar essa fala de candidato a presidência da República e cuidar do nosso Estado, pois é uma vergonha a cada mês aumentar R$ 1 bilhão a dívida do Rio Grande do Sul com a União”, expôs.
Marcon, por outro lado, fez referência à responsabilidade do governo  federal. “Sou gaúcho e acho que a União deve acertar o que deve para o RS por causa da Lei Candir. Não é porque o presidente é o Lula que não vou brigar pelo meu Estado, mas não é tirando o direito do trabalhador que vai haver acerto, assim como o judiciário, que está com altos salários, deve cumprir a lei”, finalizou.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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