RURAL

Emater de Candiota realiza trabalho voltado a ovinocultura

Ovelhas Emater

A equipe do escritório Emater de Candiota esta trabalhando na coleta amostra de lã de ovelha nos rebanhos laneiros e identificando os animais com brincos numerados. O material coletado é encaminhado para a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO), que através de um equipamento importado da Austrália, realiza a micronagem (teste para verificação da qualidade da lã) e devolve o resultado aos produtores.

De acordo com a Emater, o resultado servirá como uma importante ferramenta para que os produtores possam fazer uma seleção em seus rebanhos, na hora do descarte e abate para o consumo. Também servirá para a classificação da lã no momento da esquila e, com isso, qualificando a relação com os compradores, uma vez que terão a comprovação da qualidade de seus produtos quando da comercialização e estabelecimento dos preços.

A equipe tem uma meta de 10 propriedades e 500 ovelhas, número que deverá ser superado, dado o interesse dos produtores por esse atendimento. Para a extensionista e chefe do escritório, Hulda Alves Barreto, a avaliação é positiva do programa, pois abre a possibilidade da discussão de uma série de melhorias na propriedade, desde o cuidado com os animais e o próprio manejo do campo nativo. “Uma base alimentar dos rebanhos laneiros do município”, diz, salientando ainda “o mercado da lã se encontra em um momento interessante ao que se refere aos preços, tornando ainda mais rentável a atividade da ovinocultura”.

Todo o trabalho da equipe faz parte do programa Mais Ovinos. Um convênio da ARCO foi firmado com a Secretaria Estadual da Agricultura e Emater, cujos técnicos coletam os rebanhos e desenvolvem o resultado aos criadores. “A atividade da ovinocultura é uma atividade tradicional que se adapta perfeitamente ao nosso bioma, apesar dos seus gargalos, como o abigeato, que tem levado várias propriedades a desistirem de criar. Mas, ainda assim, representa uma possibilidade de renda e consumo as propriedades rurais”, enfatiza Hulda Barreto.  Ainda de acordo com a Emater, outro gargalo a ser superado é a organização dos pequenos criadores, no encaminhamento de soluções de comercialização, que possa agregar mais renda as propriedades. “A aposta nesse programa é na possibilidade da assistência técnica aproximar os produtores através da melhoria da qualidade da lã, abrindo espaço para o debate de outras oportunidades como o artesanato e a diversificação da renda das famílias”, acrescenta a chefe do escritório.

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