“Quando Ronaldo Nazário ‘estourou’ nos campos da Itália, com seus dribles e jogadas mirabolantes que desconcertava seus adversários, a imprensa daquele país, o apelidou de ‘fenômeno’. Pois bem, apresento-lhes Fátima Fabiana, um fenômeno literário, com um talento singular para contar histórias de uma forma totalmente diferenciada.”. Desta forma o escritor e historiador Cássio Gomes Lopes iniciou a apresentar a autora do livro Compartilhando histórias – Brasil adentro mundo afora, de Fátima Fabiana Costa Rosa Lafayette Rodrigues Pereira, o qual é o organizador.
Cássio ainda complementa: “Seus textos são envolventes, cativantes e resgatam o passado com toques de romantismo. Através deles, conseguimos simultaneamente viajar pelo tempo e nos sentirmos parte dele. Eclética, discorre com maestria sobre os mais variados temas: Desde personagens e fatos regionais, até acontecimentos e personalidades internacionais. Desde conteúdos musicais até assuntos esportivos. Ou seja, é uma escritora versátil e talentosa que, assim como Nazário, também é capaz de surpreender e encantar plateias.”, falou Cássio sobre a profissional que possui formação em Pedagogia e em História.
O livro Compartilhando histórias é a versão física e selecionada das publicações da página na internet Compartilhando Histórias, no Facebook, criado por Fátima Fabiana em 2020. Em entrevista ao Tribuna do Pampa, a autora disse que a vontade do livro surgiu há um ano e que um convite de Cássio Lopes a estimulou. “Faz um ano que eu estou nesta tentativa de transformar o compartilhando de história do virtual para o físico. O Compartilhando História é comporto por várias biografias pequenas, ínfimas, que contam a história de pessoas que tiveram dificuldades em momentos importantes da vida, mas que souberam utilizar a criatividade da criatividade, então, construírem uma história de vida que nos inspira, que consegue nos inspirar. Também tem algumas poesias que fui fazendo acerca de momentos históricos”.
MENSAGEM E CAPA
O livro possui 30 biografias e 268 páginas. Acerca da mensagem proposta ao leitor, ela explica: “Por mais difícil que sejam as situações, sempre a gente consegue ultrapassar os obstáculos que a vida nos coloca e essas histórias de vida nos mostram isso”, destacou Fátima Fabiana, que acrescenta que o livro é a realização de um sonho. “O sentimento é de gratidão. Eu que sou do século passado, ainda tenho essa necessidade de folhar, de riscar, de registrar. Então, para mim é a realização deu um sonho, uma sensação muito boa.
A capa foi uma escolha em conjunto entre a autora e o organizador. “Analisamos imagens feitas pelo Cássio e chegamos em uma que representasse o que eu queria transmitir que o Brasil é dentro e mundo afora mesmo”, disse Fátima.
Cássio Lopes falou ao jornal o lançamento do primeiro livro de Fátima Fabiana e o sétimo de sua participação. “Vi a Fátima Fabiana por volta de 2016, logo após o lançamento do meu livro A Rainha da Fronteira, Fragmentos da História de Bagé, pelo qual ela se interessou. E daí nasceu uma amizade. Nos anos após, ela criou e não demorou muito tempo para ter uma repercussão positiva a respeito do conteúdo. A incentivei a publicar e como eu estava lançando meu sexto livro, propus para ela uma parceria de tornarmos esse projeto uma realidade. Ela aceitou, então eu compilei os textos e reuni imagens para poder ilustrá-lo”, relatou Cássio ao jornal.
LANÇAMENTO
O lançamento da obra será nesta sexta-feira (20), às 19h, no Centro Nativista Gaspar Silveira Martins, em Bagé. “Vai ser uma alegria inenarrável se as pessoas forem lá, nem que seja só para nos dar um abraço. Após, os livros estarão disponíveis para comercialização”, explicou a autora. Na obra podem ser encontrados textos sobre pessoas da região da Campanha como o José Gomes Filho” Pituca Gomes” e Dom Pedro II que por quase meio século governou o Brasil.
RELEMBRE
Importante lembrar que o TP acompanhou Fátima Fabiana após a criação da página Compartilhando Histórias. Em entrevista anterior, ela destacou que Gaspar Silveira Martins, Getúlio Vargas, Luis Alves de Lima e Silva, Pulcena, Marcílio Dias, Princesa Isabel e Preto Caxias estavam entre os personagens relatados na página que ainda está disponível no Facebook.
“O que me levou a criar a página foi o amor incomensurável que tenho sobre a nossa ancestralidade. Acredito que o coração de um povo é a nossa história. Para preservar é necessário amar é só vamos amar se conhecermos. O resgate é fundamental, o era uma vez mexe com o imaginário”, manifestou Fabiana em 2020 sobre a página, que teve em seus primeiros textos como personagem Gaspar Silveira Martins. “Um dia muito pequena fui a Catedral com minha avó paterna e descobri que ali estava enterrado um grande político que era amigo do Imperador Dom Pedro II. Fui estudar na escola com o nome dele e me empolgava com a estátua no coração da Rainha da Fronteira. A escrita fluiu…espero que possa despertar o interesse pela leitura histórica!! Se uma pessoa ler e gostar, terei a certeza que valeu a pena pesquisar e dar a minha impressão sobre determinado acontecimento”, expôs na época.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*