No último dia 5 de abril, o vice-prefeito de Candiota, Paulinho Brum recebeu juntamente com o secretário de Turismo, Ancelmo Camilo e os historiadores, Tailor Lima e João Henrique Duarte, os irmãos especialistas em projetos culturais e patrimônio, Marta e Maurício Prochnik, do Rio de Janeiro, além do doutor, museólogo e oceanógrafo, Lauro Barcellos.
O motivo da visita da dupla foi para conhecer o espaço que abrigou a primeira usina termoelétrica do município, e que atualmente contempla a instalação do Centro Cultural. Como já noticiado anteriormente, a estrutura está sendo analisada para carregar mais uma parte importante do município, um museu.
PROJETO
De acordo com Paulinho, eles trocaram algumas ideias com os especialistas para terem noção do que é preciso para o museu, além de terem enviado a planta do prédio para Maurício que é arquiteto e que irá mandar um projeto de como será o espaço de acordo com a sua visão. “A partir daí vamos entender como vai ser o museu, e também teremos noção do custo que vai ter para estudarmos uma forma para captar esse recurso e poder realizar a instalação”, informou.
Além disso, eles também realizaram visitas em pontos estratégicos do município, para que os profissionais entendessem a economia e as potencialidades da cidade, além de verem o público-alvo e conseguirem realizar o levantamento geográfico, econômico e cultural da região. “Fizemos isso para que quando eles entregarem esse trabalho, fique claro o que será preciso para que se tenha êxito, para não se tornar uma obra como infelizmente encontramos em outras cidades, que são feitas e não têm objetivo, sem conseguir manter ou que não tenha o mínimo de visitação possível”.
Em conversa com Marta, a economista falou que o espaço é maravilho, um patrimônio industrial muito bonito e diferente, que possuiu espaços de vários tipos. “Acredito que estejamos convergindo para fazer um museu, com coisas interessantíssimas que Candiota tem e que não são visíveis, que estão somente na cabeça de alguns e nos livros de história”, avaliou, dizendo que o local fica na estrada, o que chamará ainda mais a atenção das pessoas, que poderão parar e conhecer o município.
Sobre o tempo que levará para a conclusão do projeto, ela respondeu que é imprevisível, pois o período eleitoral está próximo e a administração pode ou não passar por mudança, mas que o primeiro passo é formar o projeto com algum tipo de consenso sobre o uso do prédio, que é grande e que terá outros usos além do museu. “Então, o primeiro passo é o consenso a respeito do uso do espaço, e o segundo passo é fazermos um projeto arquitetônico para que esse espaço que é tombado, delicadamente sirva aos propósitos que forem delineados. E depois a execução da obra, que merece obviamente igual cuidado. Não podendo esquecer ainda que precisamos operar o museu. Tudo é uma grande reflexão para que não haja imprevistos”, concluiu, destacando que a história de Candiota é diversa, e que o museu poderá trabalhar com diferentes óticas.
O arquiteto Mauricio, disse que achou o município muito interessante, não só pelas indústrias que têm e que são de grande importância, mas também pela região turística que está prestes a se tornar em função das vinícolas. “Acho que tem grandes chances desse projeto de médio em longo prazo ser um projeto que dê bastantes resultados positivos para a região. A usina é um prédio interessantíssimo no ponto de vista de arquitetura e de patrimônio. É um espaço amplo que já foi reformado, e isso já é um grande passo”, respondeu, explicando que irão precisar fazer algumas adaptações para os usos que estão sendo estudados, e ressaltando que ainda não há uma definição do que será colocado dentro do prédio.
Para concluir, ele mencionou que uma das ideias é implantar um museu que conte uma parte da história e do desenvolvimento industrial da região. “O prédio também tem uma área externa e ambiental no entorno, muito bonito e interessante. Com o arroio passando, a trilha e o mirante da uma ambiência muito interessante”.
Ao falar sobre o projeto que está sendo preparado, o secretário Ancelmo afirmou que com certeza irá melhorar muito o turismo da cidade, e que é uma ferramenta muito importante para a região. “A cidade já tem um potencial forte nesta área, e com certeza vai ser algo histórico”.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*