Em 2020 foi implantada a Planta de Beneficiamento de Carvão Mineral a Seco, que melhorou a qualidade do combustível usado na Usina de Candiota (Fase C) Foto: Arquivo TP
Neste 1º de janeiro, a Usina Termelétrica (UTE) Candiota (Fase C) celebra 12 anos de operação comercial. O empreendimento possui 350 MW de capacidade instalada, a partir do aproveitamento do carvão mineral abundante na região da Metade Sul do estado. Atualmente, é a segunda usina a carvão mineral com melhor eficiência energética do país, registrando 35% líquidos.
A CGT Eletrosul comercializa a energia produzida pela UTE Candiota, no Ambiente Regulado, praticando um dos menores Custos Variáveis Unitários. Em 2022, a termelétrica iniciou a exportação de energia para a Argentina, seguindo acordos estabelecidos com a comercializadora. O escoamento ocorre por meio das estações conversoras de frequência Garabi I e II, sendo a gestão desse procedimento uma responsabilidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O empreendimento contribui para a geração de energia firme, sendo uma viabilizadora de emprego e renda para o Sul do Brasil e o Uruguai. Destacam-se a indústria cimenteira da região que utiliza as cinzas provenientes da usina como matéria prima para produção de cimento, e a fábrica de cal localizada na província uruguaia de Treinta y Tres, cuja produção é dedicada à usina.
Entre dezembro de 2018 e março de 2019, a UTE Candiota passou por uma ampla reforma e modernização. A termelétrica também possui função estratégica ao contribuir para o Sistema Interligado Nacional (SIN), conectada por meio da Subestação da CEEE-T (230 kV). A usina é controlada por Centros de Operação instalados na própria unidade, em Candiota.
TECONOLOGIA – A Usina de Candiota opera em conformidade com a Política Ambiental, a Política de Sustentabilidade e a Declaração de Compromisso sobre Mudanças Climáticas das Empresas Eletrobras. O funcionamento da usina é acompanhado por um sofisticado controle de emissões atmosféricas, efluentes e conta ainda com diversos programas ambientais.
Em 2020, entrou em operação a Planta de Beneficiamento de Carvão Mineral a Seco. O objetivo é melhorar a qualidade do combustível principal resultando na redução de emissão de GEEs, aumento da performance e eficiência.
A usina está implementando um sistema de captura de CO2, principal gás GEE, por meio da bio-fixação. Os equipamentos estão instalados e, neste momento, está em fase de assinatura o contrato com a Universidade Federal de Rio Grande (FURG), detentora da tecnologia, para suporte técnico e validação de resultados.
FUTURO – Ainda é incerto o futuro da unidade. O Eletrobras, nas palavras da atual direção da controladora Eletrobras. Os contatos de venda de energia ds usina vencem agora em dezembro de 2024 e isso, aliado à política brasileira para o carvão mineral, coloca em dúvida o sei futuro.
O novo governo federal, que tomou posse neste dia 1° de janeiro, ainda não se pronunciou sobre o assunto, levando em conta que a Eletrobras foi privatizada em meados de 2022. A nova direção já disse que a intenção é a venda para à iniciativa privada o complexo candiotense, porém isso tudo ainda está em debate, pois tem uma corrente interna do atual governo que defende a reestatização da Eletrobras.
