FAZ ACONTECER

Evento buscou qualificação e geração de emprego e renda em Candiota

Lema foi “Faz acontecer! Em tempos de crises, crie soluções!”

Público de todas as idades participou do Faz Acontecer Foto: Divulgação TP

O auditório do Centro Cultural, sede também da Secretaria da Mulher, LGBTQIAPN+ e Igualdade Racial foi palco da primeira edição do evento Faz Acontecer. Realizado pela Prefeitura de Candiota, por meio da Secretaria que tem a frente a jovem Juliana Baumhardt, o evento contou, ao longo do dia, com a participação de cerca de 150 pessoas, sendo 32 assistidas diretamente pela pasta.

Segundo Juliana relatou ao TP, “o encontro foi criado para debatermos sobre geração de emprego e renda, visando despertar o empreendedorismo em nosso público assistido, e para apresentar as oficinas que a secretaria passará a disponibilizar. É importante sempre ressaltarmos a importância desse encontro para despertarmos a mudança de mentalidade e a busca por novas oportunidades através do empoderamento financeiro.”

O Faz Acontecer contou com exposição de artesanato, palestras, descontração com dança, coffee break e brinquedos infláveis para as crianças. Entre as palestras, “Novos horizontes em meio às crises”, com Nilce Haas; “Um futuro promissor, além das circunstâncias”, com Flávia Barreto; “A importância do autocuidado para mudança de mentalidade”, com Sanddy Fernandes; “Horta de super existência”, com João Rockett e Tatiana Cavaçana; “Geração de renda através do artesanato em lã ovina”, com Ana Rosa e Nilva Schert.

Prefeito Folador, ex-secretária Hulda Alves e secretária Juliana (C), junto a reitoria e professores da Urcamp Foto: Divulgação TP

SUPORTE

De acordo com a secretária, o Faz Acontecer foi uma oportunidade de união e auxílio às assistidas da Secretaria da Mulher, LGBTQIAPN+ e Igualdade Racial, que hoje conta com 32 pessoas entre quem recebe aluguel social, cesta básica, recebeu auxílio quanto a encaminhamento para emprego ou apoio em caso de violência. “O evento foi um sucesso entre as nossas assistidas que já estão inscritas em cursos. Vamos trabalhar com elas a parte da cerâmica, pois temos argila gratuita por parte da CRM (Companhia Riograndense de Mineração) e projetos em lã, além de já estarmos organizando um projeto de horta orgânica. Essa é uma forma de contrapartida em forma de participação em oficina pelo apoio recebido. Nós queremos gerar emprego e renda, porque a gente sempre fala que a primeira grande causa de uma mulher sair da situação de vulnerabilidade ou que está enfrentando violência doméstica é a causa do medo, da insegurança, da incerteza, da dependência emocional; e a segunda maior causa que nós encontramos dificuldades depois de tantos relatos, depois de tantas assistidas é a questão financeira. Às vezes a gente não vai conseguir momentaneamente libertá-las ou encorajá-las a sair da situação vivida, mas em um projeto e oficina, ela pode juntar forças. Além de ser uma forma terapêutica de ser vivenciada também, está gerando renda, se tornando empoderada”, destacou Juliana.

O prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, também participou e comentou sobre a realização do evento. “Satisfação imensa em reencontrar amigos de longa data no local, abraçar cada um e reviver histórias. Palestras de altíssima qualidade foram oferecidas. Debater emprego, renda e oportunidades para mulheres do campo e da cidade é dever de todo gestor público. Continuaremos ao lado de cada uma, em cada canto da nossa cidade. Grato pela oportunidade de me sentir mais humano ouvindo histórias de vida em cada exposição”.

Desenhos em argila atraíram adultos e crianças Foto: Silvana Antunes TP

BORBOLETA
O exemplo da borboleta foi apresentado no início do evento que contou com a participação de autoridades municipais. Segundo a secretária da pasta, a produtora Nilce Haas contou sua história, sendo um importante exemplo que pode ser lembrado com o processo vivenciado por uma borboleta. “Dona Nilce é uma mulher que venceu tantas dificuldades e nós trouxemos a referência de uma borboleta, que para florescer, trazer a sua beleza ao mundo, primeiro ela sofre o processo de metamorfose, que é um processo muito dolorido, passa por várias fases e mudanças. Trouxemos as dificuldades, as circunstâncias negativas como exemplos de fortalecimento, para que a gente venha florescer cada dia mais e não se acomode quando nós estamos passando por situações de crises, temos que buscar vencer aquela situação”, finalizou Juliana resumindo o evento como maravilhoso. “O evento foi motivo de muita alegria. Quando falo em assistidas, é nosso público assistido de forma geral, porque nós tivemos dez integrantes da comunidade LGBT naquele dia e não nos conformamos com a realidade vivida também por esse público, precisamos ter essa mudança de mentalidade e trabalhar para todos”.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO

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