Eleições e privatizações

Nestes tempos que precedem a eleição presidencial todas as atenções começam a se voltar para o que é mais importante. Assim, a cada dia uma nova pesquisa é apresentada. Estas, compradas pelas mais diversas fontes, tem dado resultados nem sempre parecidos. Observando quase todas podemos ver que a eleição dificilmente sairá da polarização entre Lula e Bolsonaro com vantagem expressiva neste momento para Lula.
Menos importante, a eleição para governador ainda está sendo articulada. Esta semana o apoio do MDB ao candidato do PSDB que provavelmente será Eduardo Leite, que sempre se manifestou contrário à reeleição, foi a novidade no cenário. Se Eduardo Leite for candidato e provavelmente será, eleitores que votarão em Lula, mas não votarão no candidato a governador do PT, com história associada ao MST, poderão se dividir entre candidatos do campo da direita ou do campo da esquerda. Se os partidos da esquerda tivessem a sabedoria de se unir poderia haver um candidato deste campo no segundo turno. Separados será difícil, mas tudo vai depender da evolução na campanha presidencial. Se Lula se consolidar com vitória iminente no primeiro turno, os candidatos do campo da esquerda poderão evoluir com o “efeito Lula”. PDT e PSOL terão candidatos a governador.
Tenho ultimamente simplificado com as expressões campo da direita e campo da esquerda. Na direita, onde estão a maioria dos mais ricos, quem pode mais, chora menos. Assim, a tendência é de que com as políticas dos que estão neste campo, os ricos fiquem mais ricos e os pobres mais pobres. Simples. No campo da esquerda estão os que pretendem andar ao lado dos sonhos, das aspirações e esperanças dos mais pobres, sem desdenhar ou menosprezar os mais ricos que também são importantes na construção de uma sociedade.
Teremos também eleições para senador e para deputado federal e estadual. Eleições importantes, mas normalmente relegadas a um segundo plano. Seria conveniente que todos votassem em candidatos aliados ao presidente que receberá o seu voto.
Em outros tempos, já estaríamos em plena campanha eleitoral. Hoje, as campanhas ficaram muito menores e o tempo para que os candidatos consigam convencer alguém, é reduzido. Assim, fica difícil que grandes novidades aconteçam.
Esta semana, a Eletrobras foi privatizada. Foi jogo rápido. Um dos grandes debates eleitorais envolverá a Petrobras. Eu quero votar em alguém que tenha o compromisso de colocar presidente e conselheiros na Petrobras que votem no conselho de administração da empresa de acordo com os donos das ações que eles representam, o povo brasileiro.
Sim, embora digam que o dono das ações que decidem as votações no conselho de administração é o governo federal, na verdade crua e nua estas ações são de propriedade do povo brasileiro.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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