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Família candiotense vive e cultua o tradicionalismo e seus valores

As três filhas do casal Aline e Claiton são prendas de faixa do CTG Candeeiro do Pago

Família Pinheiro Kessler de Moura unida para cultuar o tradicionalismo Foto: J. André TP

A movimentação que antecede uma Ciranda Cultural de Prendas e Entreveiro de Peões num Centro de Tradições Gaúchas (CTG) é bastante intensa e com certeza mexe com a vida de toda a família de quem está concorrendo.

Este tipo de concurso demanda estudo teórico para as provas escritas, aulas de declamação, dança, canto e a montagem de uma mostra folclórica. Tudo isso requer tempo e uma boa dose adrelina e nervosismo.

A família Pereira Kessler de Moura, de Candiota, viveu isso recentemente na etapa interna do CTG Candeeiro do Pago, porém em dose tripla. Sim, as três filhas do casal Aline e Claiton se inscreveram e todas receberam a faixa, tendo a mais velha, Mayrêe, de 16 anos, conquistado o título de primeira prenda adulta da entidade, devendo em breve disputar a etapa da 18ª Região Tradicionalista (RT). Ainda, Leyce, de 11 anos, recebeu a faixa de 2ª prenda mirim e a pequena Laurinda, de 8 anos, é a prenda pré-mirim do Candeeiro.

Para Mayrêe ser a 1ªprenda do CTG é uma honra. “É uma responsabilidade muito grande. Espero fazer uma ótima gestão e conseguir colocar em pratica todos os projetos que eu tanto sonho. E ano que vem tentar uma colocação na Ciranda Cultural Regional”, projeta ela.

O jovem pai Claiton, que é eletricitário de profissão, disse ao jornal que sempre gostaram e participaram do tradicionalismo. “Acreditamos que o CTG é um ambiente saudável para criar os filhos”, destaca.

A não menos jovem mãe Aline, contou que foram as gurias que sempre quiseram participar do CTG, mas como eram três e a diferença de idade muita pequena entre elas, ficava difícil. “Agora, com elas um pouco maiores, há alguns anos começamos a inscrevê-las nos rodeios artísticos. Elas participavam cantando, ganhando alguns prêmios e aí pegamos gosto de vez pela cultura”, revela Aline.

Mayrêe, durante a sua apresentação artística no concurso que lhe deu o título de 1ª prenda do CTG Candeeiro do Pago Foto: J. André TP

MARATONA – O sábado, 6 de novembro último, amanheceu agitado na casa da família na Vila Operária. Logo às 7h30, as três prendas precisavam estar no CTG, que fica a quase 15km da casa, na Vila Residencial, para tomar o café da manhã e logo em seguida montarem num tempo estipulado pela organização, as mostras folclóricas.

Em 2019,antes da crise sanitária mundial, a mais velha, Mayrêe, na época com 14 anos, entrou para a invernada do Candeeiro e naquele ano e concorreu a prenda juvenil e isso foi o que bastou para empolgar a família inteira. “Sempre foi um sonho da Mayrêe ser prenda, e durante o período da pandemia, ela se preparou, se dedicando horas ao estudo. Isso fez com que as irmãs fossem incentivadas e quisessem participar também”, conta.
E aí que começou a correria e muita dedicação para organizar tudo e de forma triplicada. “Pensar em três amostras folclóricas, três cadernos de vivência tradicionalista, escolher e ensaiar músicas para dançar e cantar, sem falar das pilchas. Foram algumas noites com poucas horas dormidas”, relembra a mamãe.

Ainda naquele sábado, Aline, Claiton e as meninas enfrentaram no período da tarde, as provas artísticas, cantando, dançando, declamando e falando sobre o tradicionalismo. À noite, durante o baile oficial de posse do novo prendado, veio a recompensa, quando todas elas estavaM com as faixas no peito para orgulho e lágrimas de todos. “Ter as três filhas participando da Ciranda foi uma experiência única, de muito aprendizado e novas amizades, ter prendas de faixas é um orgulho para nós pais. É resultado de muita dedicação e amor pelo tradicionalismo”, declaram orgulhosos Aline e Claiton.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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