FESTIVIDADE

Família Kloppenburg comemora 100 anos de chegada ao Brasil e 13º encontro em Hulha Negra

Foto da família do passaporte, quando veio para o Brasil Foto: Arquivo Familiar/Especial TP

Este domingo (10) será especial em Hulha Negra. Na data, será comemorado o centenário da chegada da Família Kloppenburg ao Brasil, vinda da Alemanha, bem como acontece o 13º da Família Kloppenburg e seus descendentes.

O evento terá início às 10h com uma missa na Comunidade Cristo Rei, na Trigolândia, seguida por almoço no salão paroquial.

Ao TP, padre Alex Kloppenburg, explicou que cerca de 150 pessoas de diversos lugares do Rio Grande do Sul devem se reunir na localidade para o encontro, sendo um momento de resgate histórico e celebração. “Hulha Negra foi o segundo lugar que a família esteve após chegar ao Brasil em Rolante, de onde começaram a colonização alemã com outro grupo de pessoas que já residia aqui na Trigolândia, antes denominada Colônia Rio Negro. Será uma missa de gratidão, lembrando as três palavras: memória, gratidão e compromisso”, disse o padre.

VINDA DA ALEMANHA

 Bernard Kloppenburg e Josephine Karoline Westerkamp embarcaram para o Brasil em 17 de maio de 1924, no navio Sierra Nevada. Chegaram em Rolante no dia 19 de junho, dia de Corpus Christi. Foram 33 dias de viagem, sendo de navio até o Rio de Janeiro, e depois até Porto Alegre, um trem até Taquara e dali até Rolante de carroça, puxados por mulas.

MIGRAÇÃO PARA A REGIÃO

  Conforme a história, “o sonho de Bernardo era ter uma terra mais plana. Argentina era um sonho distante. As terras de Rolante eram muito montanhosas e tornaram-se caras. Em 1929 chegou-lhe às mãos o livro de Franz Krenziger, “Vom Urwald zum Kamp” (Da Mata Virgem rumo ao Campo), baseado na obra de Joaquim Francisco de Assis Brasil: “A Cultura dos Campos”, onde ele condenava a colonização das matas estimulada pelo governo e pregava a transformação dos campos em colônias agrícolas para produção de grãos. Krenzinger, imigrante alemão, morador em Pelotas, procurou terras planas e pretas para agricultura. Encontrou em Rio Negro (hoje Hulha Negra). Ali, em abril de 1925, adquiriu uma área de terras, trouxe famílias de Pelotas e começou uma colônia, que batizou de Friedenau (Campo de Paz), mais tarde Colônia Rio Negro e a partir de 1957, Trigolândia. Em 1929, Francisco Kloppenburg e José Macke se mudam para Rio Negro, em busca de terra e trabalho. Mais tarde também veio Guilherme (Wilhelm) Schierholt, casado com Agnes Kloppenburg. E em 4 de julho de 1932, Bernardo vendeu a propriedade em Rolante e migrou para Rio Negro, onde comprou 58 hectares de campo bruto. As dificuldades foram muitas. Começou com o engano da Viação Férrea, que enviou a mudança para a cidade de Rio Negro, no Paraná, Só depois de um mês de procura e reclamação os pertences chegaram ao destino. A primeira moradia foi um galpão rústico, de chão batido. Na década de 1950, o casal Bernardo e Josefina retornaram para Rolante, junto com a filha Teresa”.

OS NOVE KLOPPLENBURG PIONEIROS

 Franz Bernard Kloppenburg, nascido aos 26.01.1882.

  1. Josephine Karoline Westerkamp Kloppenburg, nascida aos 12.01.1888
  2. Franz Lambert Alfred (Francisco), nascido aos 28.11.1908
  3. Maria Elisabeth, nascida aos 20.08.1910
  4. Anna Agnes (Inês), nascida aos 01.12.1911
  5. Hermine Caroline (Karla – Ir. Manuela), nascida aos 23.05.1916
  6. Paul Johannes Joseph, nascido aos 02.07.1918
  7. Karl Joseph (Frei Boaventura), nascido aos 02l11.1919
  8. Hedwig Josephine, nascida aos 22.02.1921

Estes são os que aparecem na foto do passaporte, que era familiar na época, e não individual.

Confira uma matéria com a história completa na próxima edição impressa do TP.

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