Final de ciclo, que venha o próximo

Chegamos fim de 2022. Hora de pensar no que fizemos, no que deixamos de fazer, no que não conseguimos fazer por falta de recursos, no que poderemos fazer no ano que começa dia primeiro.

No ano que termina vamos contabilizar ganhos e perdas. É inevitável. Sucessos, fracassos, nascimento e mortes. Evoluções que nos permitiram ficar felizes e fracassos que nos fortalecerão se aprendermos alguma coisa com eles.

Das perdas humanas que tivemos, não vou me ater aos familiares ou próximos, que são os mais importantes, perdemos Erasmo Carlos e neste faço uma reverência a todos os demais que de alguma forma marcaram nossas vidas. Quem é da minha geração viveu momentos felizes ao som das canções que ele escreveu ou ajudou a escrever, “Você precisa de um homem pra chamar de seu/mesmo que este homem seja eu”.

Dos ganhos humanos fico com as vidas que foram salvas pelas vacinas e espero que em 2023 impere a sabedoria e todas as vacina voltem a ter a valorização que merecem. Que nenhum ser responsável deixe de vacinar seus filhos e se vacinar quando for necessário.

Perdemos a copa do mundo. E daí. Para os jovens que nunca viram o Brasil ser campeão talvez tenha alguma importância. Para mim, que vi o Brasil ser campeão três vezes e lembro (1970,1994 e 2002), nasci em 1958 após o mundial e não lembro de 1962, ser campeão num time liderado por Neymar chega a ser dispensável. Uma notícia dava conta que Messi e Suarez comemoraram o natal juntos e que Neymar não foi convidado. Não sei se não foi convidado, mas Messi e Neymar vivem com suas famílias, enquanto Neymar vive com seus parças, nada compatível estarem juntos nesta data.

Ganhamos a eleição com Lula. Há que tenha perdido com Bolsonaro. Todo mundo tem o direito de ter reservas em relação a Lula, ele deu motivos no passado, não todos que atribuem a ele, mas é um ser humano com suas virtudes e defeitos. Bolsonaro será lembrado pela história como alguém que não fez o esforço devido para salvar centenas de milhares de brasileiros e debochou das famílias que perdiam seus entes queridos para a covid. Das suas obras será difícil lembrar, até porque foram inexpressivas.

E 2023?

É como um caderno com todas as folhas em branco. Neste ano novo cada um de nós vai preencher os espaços e eu espero que todos tenham boas coisas para colocar neles. Serão suas memórias, escritas ou não. Desejo a todos que tenham boa saúde e que, quando o tempo passar, 2023 deixe para cada um boas lembranças.

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