Futebol

Quando começo a escrever acabou o jogo do Palmeiras, que disputava o terceiro lugar no campeonato mundial de clubes da Fifa e perdeu ficando no último lugar possível.
Nos últimos onze mundiais de clubes, desde 2010 inclusive, o campeão da Libertadores não disputou o título em cinco. Nas últimas quatorze edições os times europeus ganharam treze.
O Grêmio com seu time extremamente limitado disputará com o Palmeiras o título da Copa do Brasil. O Internacional, outro time muito limitado, ainda está em primeiro no campeonato brasileiro. Como é que pode?
As equipes brasileiras ou sul-americanas possuem jogadores que não servem nem para os melhores times de Portugal que, querendo, vem aqui e levam, como levaram Everton Cebolinha e vão levar Pepê. Então, olhamos para o time do Grêmio e podemos ver Geromel, um bom zagueiro, e Jean Pyerre, um meio campista promissor. Sendo otimista, dá para dizer que Kannemann é raçudo. O resto completa time. No internacional, Dourado e Edenílson sabem jogar. Os outros são esforçadinhos, às vezes.
Por aqui, com pouca qualidade é possível disputar títulos nacionais e internacionais. Eventualmente até ganhar.O futebol jogado pelas melhores equipes da Europa, com atletas escolhidos em todos os continentes, está muito à frente do nosso, técnica e taticamente. Também parecem melhores fisicamente, o que se pode ver nos mundiais quando Real Madrid e Liverpool enfrentaram Grêmio e Flamengo.
Faz tempo que venho escrevendo sobre a pouca qualidade e a perda da importância do futebol na vida de todos nós. Clubes pequenos estão fechando por todo país. Clubes de várzea na nossa região muitos não existem mais.
A sociedade está precisando de esporte. Das saudáveis disputas esportivas, dos encontros à beira dos gramados. A juventude trocou a bola, seja de que esporte for, pelo telefone celular. Isto é uma catástrofe, para a saúde e para as relações sociais. Promover o esporte sempre foi importante, agora me parece mais necessário.
É preciso viver para ter histórias de vida para contar.
Eu, jogando no primeiro time de futebol do Hulha Negra, nunca perdi para um time de Candiota. Foram duas partidas. Uma terminou empatada. A outra não lembro se ganhei, mas tenho certeza de que não perdi.

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