Passados poucos dias após completar um mês a frente da gestão do município, as perguntas que surgem é de como está o trabalho, quais prioridades e ações realizadas. Em Hulha Negra, assumiu o Executivo Fernando Campani (PT), que tem ao seu lado como vice André Araujo, o Bexiga.
O TP procurou o gestor para falar acerca dos primeiros 30 dias de governo. Conforme Campani, há muitas cobranças de mudanças por parte da população para soluções imediatas. Ele diz que trabalhos estão sendo feitos em várias frentes e que isso é decorrência da expectativa depositada em sua gestão. “Estou aqui há pouco mais de 30 dias, mas no segundo e terceiro dia as pessoas já estavam em cima de nós, fazendo cobranças. Estamos fazendo o que pode ser feito e buscando soluções para uma série de questões, agindo em várias frentes, tendo paciência com as cobranças, pois sabemos que as pessoas acreditam e esperam uma mudança. Há muita expectativa”, disse o gestor.
ESTRADAS
Campani fez referência de trabalho inicial para as estradas. “É muita demanda represada, estradas danificadas e centenas de quilômetros. As pessoas angustiadas pela necessidade de ir e vir, pelo leite que precisa ser coletado, pelos filhos que precisam do transporte para estudar, pela demora para chegar na sede do município. É uma demanda grande, e temos que fazer, tem que acontecer, mas tudo vai ser feito no seu devido tempo”.
Segundo o prefeito, as estradas começaram a receber atenção já no quilômetro zero com duas patrolas. “O patrolamento começou de forma simples, mas com nova modalidade, orientações técnicas que permitem melhor drenagem e modelamento do solo. Já nos primeiros 20 dias vimos melhorias e chegamos a mais de 90 quilômetros recuperados. Vimos necessidade de troca de bueiros e modelamento da tipografia, com alargamento da superfície, garantido mais segurança para quem trafega”.
Ele também falou sobre tratativas com o Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agrária (Incra) para a recuperação de 170 quilômetros de estradas. “Estamos com um processo administrativo, recebendo um projeto do Incra e nivelando entre o Instituto e a Prefeitura para que possamos fazer a licitação do serviço. Isso nos causa uma grande preocupação, mas precisamos alinhar todas as questões para essa conquista”.
ÁGUA
O prefeito disse que o primeiro mês também teve como foco o abastecimento de água. “O assentamento abrindo Fronteiras tem problema há anos e trocamos a bomba, deixando um motor adequado para o serviço. Temos uma agenda de captação de recursos esquecidos desde 2007 no orçamento da antiga Fundação Nacional de Saúde (Funasa). São mais de R$ 1,4 milhão de recursos represados. Estou reativando e reorganizando orçamentos aprovados para poder recuperar e utilizar esse recurso, que vai trazer muitos benefícios à comunidade. Iniciamos abastecimento na Cachoeirinha e Santo Antônio e vamos sim comprar e instalar hidrômetros em todas as residências urbanas de forma progressiva”.
Prefeito Fernando Campani expôs ao jornal algumas das principais ações realizadas e buscadas no período Foto: Silvana Antunes/TP
SAÚDE
Outra área que o prefeito destacou quanto ao trabalho foi a Secretaria de Saúde. Ele fez referência ao aumento de atendimentos e modificação do sistema de agendamento de consultas. “A evolução do agendamento das consultas não termina assim. Estamos monitorando esse sistema que é através da telefonia, sabemos que ela não é perfeita, da dificuldade de algumas pessoas, mas estamos corrigindo o problema que era as pessoas irem de madrugada para a Secretaria de Saúde. Estamos vendo o que for melhor para o atendimento, que o contribuinte possa ligar, que tenha uma central, a comunicação deve ser aprimorada. Não temos fichas à vontade e é necessário marcar, mas estamos fazendo estudos para melhorar o sistema. Por outro lado conseguimos já ampliar o número de atendimentos com horários à noite, o que facilita muito para a comunidade”.
OUTRAS TRATATIVAS
Campani, por fim, citou pautas que também foram tratadas em reuniões e encontros, visando melhorias na cidade. Um dos pontos expostos pelo gestor foi a necessidade de aumento de arrecadação no município. “Queremos implantar um programa de arrecadação para que Hulha tenha personalidade de arrecadação. Só vamos arrecadar IMCS se tivermos ação e hoje não há programas para isso e por isso somos o município mais pobre da região, por não ter essa política de arrecadação. Precisamos do Nota Fiscal Gaúcha, de uma equipe volante de fiscalização para controlar nota de produtor, transferência de produtos, proporcionar incentivos fiscais para que as indústrias venham para a cidade, regularizar forma de arrecadação do ISSQN, que é o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza. Temos serviços públicos básicos que não têm cobrança e mesmo com o subsídio do município, em qualquer lugar tem que ter política de cobrança de saneamento básico, esgoto, água, resíduos. Para uso dos espaços públicos vamos abrir concessão para instalação de lancherias, lojas. Temos a rodoviária com espaços ociosos que não arrecadam nada. São vários trabalhos que já tratamos em reuniões visando o futuro do município”, finalizou.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO
