Por Anderson Ribeiro
Preconceito e ignorância: há 31 anos, homossexualidade era tratada como distúrbio mental. Se formos pensar, não faz muito tempo que os LGBTQIA+ eram levados a profissionais da medicina em busca de “cura”. Hoje em dia, mesmo ainda havendo muito preconceito, essa minoria conquistou muito e desempenha suas funções em todas as áreas e ocupa altos cargos. Se fosse há 31 anos, isso não seria possível. Por isso é muito importante, cada vez mais, travar batalhas contra qualquer tipo de discriminação e preconceito.
No dia 17 de maio de 1990 a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças. Em 1886, o sexólogo Richard von Krafft-Ebing listou a homossexualidade e outros 200 estudos de casos de práticas sexuais em sua obra Psychopathia Sexualis. Krafft-Ebing propôs que a homossexualidade era causada por uma “inversão congênita” que ocorria durante o nascimento ou era adquirida pelo indivíduo.
Em 1952, a Associação Americana de Psiquiatria publicou, em seu primeiro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais, que a homossexualidade era uma desordem, o que fez com que a opção sexual fosse estudada por cientista, que acabaram falhando por diversas vezes ao tentarem comprovar que a homossexualidade era, cientificamente, um distúrbio mental. Com a falta desta comprovação, a Associação Americana de Psiquiatria retirou a opção sexual da lista de transtornos mentais em 1973.
Em 1975, a Associação Americana de Psicologia adotou a mesma posição e orientou os profissionais a não lidarem mais com este tipo de pensamento, evitando preconceito e estigmas falsos. Porém, a OMS incluiu o homossexualismo na classificação internacional de doenças de 1977 como uma doença mental, mas, na revisão da lista de doenças, em 1990, a orientação sexual foi retirada. Foi só há 31 anos, no dia 17 de maio de 1990, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. Um passo importante, sem dúvida, mas que ainda não representou a cidadania plena para essa minoria.
Em razão da data, o TP conversou o vereador de Candiota, Diego Correa Lima (MDB), o ex-vereador de Pinheiro Machado, Wilson da Rosa Lucas e a professora e advogada Francine Nunes Ávila. Confira nas próximas postagens.