História do Rio Grande do Sul

A Terra, consolidação de origem da vida humana, ambos inseparáveis dentro de um contexto existencial, instiga olhares e traduz pensamentos, significativamente míticos, idealizadores de lembranças inesquecíveis. Provoca a curiosidade do indivíduo que busca compreender dentro de um olhar histórico fatos de seus antepassados, principalmente de seus familiares, da comunidade e da sociedade em que está inserido. Iniciando com o indivíduo e passando para o coletivo, concomitante com as descobertas encontradas de fatos que trarão ao entendimento afirmações que farão entender o presente, em função do passado.

Sebastião Medeiros e Cheila Medeiros assim iniciam a sua obra, qual seja o “História do Rio Grande do Sul: marcos históricos”. O objetivo do livro, que é o tema de nossa coluna de hoje, segundo os autores, foi abordar a evolução do Rio Grande do Sul a partir do século XVI, início da entrada dos povos europeus no extremo sul do Brasil. Os autores alertam, todavia, que o livro não deixará de abordar os povos indígenas que já habitavam o atual Rio Grande do Sul há cerca de dez mil anos, notadamente quanto aos Tupis, os Guaranis e os Charruas.

O livro realmente traz um panorama relativamente denso acerca dos indígenas, consignando a sua cultura, comportamento de grupo, a fé religiosa, a convivência em sociedade entre as tribos rivais, como obtinham os alimentos, as habitações, os utensílios usados etc., tudo antes do ingresso dos Jesuítas no território rio-grandense.

” Por essas razões, e por outras, é que trato desta obra na coluna de hoje, até mesmo para relembrar um alerta que, particularmente, procuro sempre carregar comigo: quem não sabe de onde veio, dificilmente saberá para onde ir. “

Foi traçado um limite cronológico, a partir da vinda dos europeus para o RS com os Jesuítas em idos de 1610 e, posteriormente, com a vinda de Roque Gonzales, fundador das primeiras missões no território gaúcho, dando origem a diversas cidades, o que hoje é conhecido como a Região das Missões. E daí em diante, com a imigração dos portugueses açorianos (meus antepassados, aliás…). São também abordados, e bem, os tratados entre Portugal e Espanha, os quais forjaram o território gaúcho e o seu comando.

O livro, então, traz o seguinte – o que, pela completude, se torna uma leitura agradável e interessante para sabermos, efetivamente, as nossas origens enquanto povo: os primeiros habitantes do RS; o Tratado de Tordesilhas; as primeiras reduções na região sul; as missões portuguesas e espanholas; outros tratados firmados; a imigração alemã e italiana; a origem do gado no Rio Grande do Sul e afins. E, também, fatos históricos bem mais contemporâneos, os quais também acabaram moldando a nossa identidade enquanto gaúchos, a saber: a Revolução Farroupilha; a República rio-grandense; a economia; a erva-mate; a bandeira; o ensino; a Revolução Federalista; a origem do lenço no pescoço; a literatura; a origem dos CTG; etc.

Por essas razões, e por outras, é que trato desta obra na coluna de hoje, até mesmo para relembrar um alerta que, particularmente, procuro sempre carregar comigo: quem não sabe de onde veio, dificilmente saberá para onde ir.

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