DIA DAS MÃES

Histórias de amor e luta entre mães e filhos – Hulha Negra

O próximo domingo (14) será marcado por homenagens e demonstrações de afeto. Marcado no calendário como Dia das Mães, na data costumam ser exaltados o amor, carinho e cumplicidade entre filhos e mães. Um abraço aconchegante, um beijo acolhedor, o coração batendo fora do peito. A maternidade transforma a mulher, a deixando capaz de se multiplicar para atender o filho e proteger, seja tendo laços sanguíneos ou proximidade afetiva.
Ainda que a figura materna deva ser venerada diariamente pelo dom da vida e pela capacidade de doação infinita, o segundo domingo de maio também é lembrado pela reportagem do Tribuna do Pampa. Como forma de homenagear todas as mães pelo seu dia, o jornal traz quatro histórias de mães e filhos guerreiros, onde o amor é a definição completa em todas as formas.
Filhos invertem papeis, cuidam da mãe doente e devolvem parte do amor dado por ela

 

Clara e o esposo Lourenço junto aos três filhos Foto: Arquivo Familiar

A primeira história contada pelo TP mostra que não só uma mãe cuida de um filho, mas que os papeis também podem ser invertidos conforme surgem às adversidades da vida. Em Hulha Negra, um diagnóstico emitido após uma avaliação médica em 2020, início da pandemia de Covid-19, mudou a vida da idosa Clara Frank Macke, 78 anos, e dos filhos Rosa Maria, 57 anos, José Sebastião, 55 anos e Maria Mônica, 54 anos.
A mãe de quatro filhos, sendo uma já falecida (Clara Eunice), foi diagnosticada com um tipo de Alzheimer e desde então passou a ter a necessidade de acompanhamento com geriatra, tomar medicação e fazer fisioterapia com a finalidade de tentar retardar o problema, além de ser cuidada pelos filhos com o apoio do marido Lourenço Macke.
Ao jornal, Rosa contou que os irmãos se revezam para cuidar da mãe, além de contarem ainda com o auxílio da cunhada Rosane. Em nome dos irmãos ela relatou como foi a descoberta da doença. “Até receber o diagnóstico foi bastante difícil, pois não sabíamos o que estava acontecendo, ocorreram até algumas brigas até descobrirmos que com carinho e paciência ela se acalmava. Cada dia é uma surpresa, ela é um amor, mesmo com as dificuldades, ela é muito grata e sempre disposta. Na rotina ela precisa de ajuda para tudo, duas vezes por semana faz fisioterapia, mas quando surge um desafio ela sempre responde: vamos tentar”, relatou.
O irmão José, que chama Clara de vó, falou da experiência vivenciada. “A vó no começo me mandava embora, pois não acreditava que eu cozinharia tão bem, que varreria a casa e que daria remédio na hora certa e até chazinho ou xarope. Homem fazendo bolo? não é possível! Também cantando, divertindo, advertindo e colocando de castigo se for preciso, além de jogar bola com ela”.
Questionada sobre o sentimento dela e dos irmãos Mônica e José sobre a inversão de papeis no cuidado com dona Clara, ela fala em amor. “Nosso sentimento é de amor e gratidão por ter ela conosco ainda e poder aprender todos os dias, além do sentimento de dever cumprido, de cuidar com amor quem tanto nos cuidou”, destacou.
Por fim, os irmãos deixam uma mensagem para as mães e filhos nesta importante data. “Nosso exemplo de mãe é muito importante, eduquem seus filhos com carinho, ensinando o respeito e o amor que é a base de tudo. Para os filhos, que valorizem suas mães, pois devemos amar e respeitar nossos pais, cuidar muito bem deles assim como nos cuidaram e retribuir tudo que fizeram por nós”.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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