ESTATÍSTICAS

Indicadores criminais apontam redução de casos de violência contra a mulher no primeiro mês do ano

Análise teve por base os meses de janeiro de 2023 e de 2024

Nesta sexta-feira (1º), inicia o mês de março, mês de comemoração do Dia Internacional da Mulher, lembrado em 8 de março. Já em razão da data, o Tribuna do Pampa fez uma pesquisa acerca dos indicadores criminais dos municípios que integram a área de circulação impressa do jornal.

Os números divulgados no site da Secretaria de Segurança Pública (SSP/RS), mostram uma redução das ocorrências relacionadas as mulheres, tais como feminicídio tentado, feminicídio consumado, ameaça, estupro e lesão corporal. Além dos dados estaduais, foram pesquisados os municípios de Bagé, Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado. Os dados foram atualizados em 6 de fevereiro de 2024.

 

ESTADO

A análise mostra que em janeiro de 2024 foram 4.935 registros em todo o Estado, sendo 17 feminicídios tentados, 11 feminicídios consumados, 2.973 ameaças, 179 estupros e 1.755 lesões corporais. Em 2023, foram 5.780 registros em janeiro, ou seja, 845 a mais, sendo 22 feminicídios tentados, 10 feminicídios consumados, 3.375 ameaças, 288 estupros e 2.085 lesões corporais.

 

REGIÃO

 

Conforme os índices, ao menos um tipo registro consta em cada município com relação a algum tipo de crime voltado à mulher. Na região, os crimes são encaminhados a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), localizada em Bagé.

Na maior cidade da região, Bagé, no período divulgado pela SSP/RS, em janeiro de 2024 foi registrado uma tentativa e um feminicídio consumado, dois estupros, 24 ameaças e 16 lesões corporais. Em 2023, foram 32 casos de ameaças registrados, cinco estupros e 18 lesões corporais.

Na Capital Nacional do Carvão, houve aumento no número de ameaças, em 2023 foi um caso e duas lesões corporais; já em 2024, são três casos de ameaça e um estupro.

Hulha Negra também apresentou registros, em 2024 foi apenas uma lesão corporal, já em 2023 foi um caso de ameaça e um de estupro.

A Terra da Ovelha apresentou redução de índices. Em 2023 foram quatro ameaças e três lesões corporais e em 2024, duas ameaças e uma lesão corporal.

Ao TP, a secretária da Mulher, LGBTQIAPN+ e Igualdade Racial, Hulda Alves,falou sobre a redução de mais de 800 registros no Estado. “Acho bom, pois tendo os mecanismos de acolhimento inibe um pouco os homens. Eles sabem que vão ser punidos e as divulgações das leis estão cada vez maiores. Acho que tem muito a ver com os trabalhos que os municípios e os órgãos de acolhimentos de meninas e mulheres têm feito”, afirmou, falando especificamente de Candiota. “Acredito que em breve o município de Candiota vai chegar a esse ponto de inibir mais o número de agressores”.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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