CANDIOTA

Jovem com deficiência cria adaptação para ser o seu suporte em atividades

         

Na foto, Luciano está realizando atividades em casa com a ajuda do dispositivo Foto: Divulgação TP

Nesta edição, a equipe do Tribuna do Pampa traz a história do jovem candiotense Luciano Coutinho, 23 anos, que nasceu sem uma das mãos e recentemente criou um objeto para fazer o papel do membro e auxiliar em atividades caseiras.

Luciano, mais conhecido como Mãozinha, sempre fez o possível para realizar todas as atividades ao longo dos dias, mas uma das poucas coisas que ele não conseguia fazer era segurar um prego e martelar, o que atualmente já não é mais um problema.

 

UMA MÃO ADAPTADA

 

Luciano que trabalha na Fase C de Candiota, como almoxerife I na empresa Manserv, disse que certo dia resolveu que queria emendar uma correia de uma bicicleta, e precisava sacar o pino de um elo da correia. “Mas pra isso eu precisava segurar o saca pino e bater com o martelo, só que como eu falei anteriormente, isso é uma das coisas que eu não conseguia fazer. Daí eu pensei em fixar um alicate de pressão ao braço, para que ele fizesse a função de uma outra mão, vamos dizer assim”, explicou ele.

Com a ideia em mente, ele então procurou o Maicon Vidart que se dispôs a ajudá-lo na criação, que acabou envolvendo diversas pessoas e todos abraçaram o projeto. “Cada um que chegava no meu setor de trabalho dava uma ideia, para que o dispositivo ficasse do melhor jeito possível e eu pudesse desenvolver as devidas funções com auxílio do mesmo”, comentou Luciano, informando que a “nova mão” ficou pronta em dois dias, pois na correria diária do trabalho eles não conseguiram se dedicar 100% na criação.

 

FUNÇÕES

 

Ao TP, Mãozinha contou que a criação do dispositivo foi mais para ajudar nas atividades em casa. Além disso, ele já conseguiu quebrar uma parede e colocar o encanamento para dentro, segurando uma talhadeira com a mão postiça.

Ademais, o objeto já serviu para martelar um prego, o que era impossível para ele. “Parece simples, mas é de extrema importância”, ressaltou.

 

LUCIANO

 

Quem conhece o Luciano sabe que sua deficiência nunca foi motivo para dificuldades ou para achar empecilhos ao realizar coisas simples do dia-a-dia.

Em meio de conversa, ele utilizou a frase que fala que “o limite é uma fronteira criada pela mente”, e é por isso que ele nunca se limitou para fazer algo. “Sempre procurei uma forma que eu conseguisse fazer o que eu queria”, concluiu.

No audiovisual enviado ao jornal, Luciano mostra o objeto e brinca dizendo que agora ele é o “mão de alicate”.

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