REPRESENTATIVIDADE

Jovem LGBTQIAPN+ fala como foi atuar à frente da Secretaria de Cultura em Candiota

Diego Lima é suplente de vereador pelo MDB e deixou a pasta no começo de abril Foto: Sabrina Monteiro TP

Nesta semana, o suplente de vereador pelo Movimento Democrata Brasileiro (MDB) de Candiota, Diego Lima, esteve visitando a redação do jornal para falar sobre os seus dois anos frente à Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude, a qual se desligou no começo deste mês de abril.

Ele que já atuou na Câmara de Vereadores e Vereadoras neste mandato, deixou a Secretaria no último dia 5, assim como outros colegas, por pretender se candidatar mais uma vez à vereança nas eleições que se aproximam. Como manda a lei, as pessoas que ocupam cargos de chefia precisam se afastar pelo menos seis meses antes do pleito eleitoral.

 

CONQUISTAS

 

Durante a conversa, ele citou algumas das conquistas que teve durante o tempo em que atuou como secretário municipal. A primeira citada por ele foi uma emenda parlamentar que destinou para a área da Saúde no valor de R$ 50 mil, conquistada através do deputado estadual, Vilmar Zanchin. Além dele, o deputado federal, Márcio Biolchi também destinou recurso para ser utilizado no município, sendo este no valor de R$ 100 mil, que serviu para a aquisição de playgrounds (parque infantil) instalados nas praças da João Emílio e na comunidade de Seival. Diego ainda relembrou que, além da instalação dos brinquedos, os dois espaços também receberam revitalização, e na parte do esporte, o campo do Grêmio Esportivo Santa Rosa, em Seival, foi contemplado com cercamento.

Ainda, ele mencionou recursos que conquistou juntamente com a equipe por meio das leis Paulo Gustavo, Aldir Blanck e Lei de Incentivo a Cultura (LIC). “Através da LIC conseguimos realizar a 24ª edição do Canto Moleque em 2023, e foi um momento muito especial para todos nós, por ser a retomada do festival após o período da pandemia”, destacou Diego, mencionando as comemorações referentes ao aniversário do município e as duas edições do Carnaval Fora de Época da cidade, que organizou por meio da Secretaria, como eventos marcantes durante o seu trabalho.

Ao ser questionado sobre algum momento difícil que precisou enfrentar, Diego disse que foram muitos, mas que a Semana Farroupilha foi o maior de todos e que mesmo sem experiência, conseguiu alcançar um bom desempenho. “Quando aceitei o cargo de secretário, eu tinha uma meta, entre outras tantas, que queria muito alcançar em relação à Semana Farroupilha, que era organizar a realização e entrega dos exames do mormo antes do dia 20 de setembro, e isso nós conseguimos”, comemorou.

Ainda sobre a área do tradicionalismo, Diego disse que ficou com receio no início por achar que seria difícil trabalhar com pessoas extremamente tradicionalistas e que são ligadas ao campo, principalmente por sua opção sexual. “Por ser uma pessoa do grupo LGBT, fiquei com medo de como seria, pela minha opção sexual, tratar com pessoas que estão diretamente ligadas ao campo e que talvez não me aceitassem muito bem. Mas sempre fui bem tratado e respeitado por todos, sabendo brincar quando a situação permitia e atuar com seriedade quando foi preciso”, comentou, dizendo que saiu muito feliz por saber que o seu trabalho foi reconhecido e elogiado por todos.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

 

 

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