Lula na China

O assunto das principais pautas da semana é a visita do presidente Lula à China. Aquele país comunista.
Bem, há quem pense que país comunista é a Venezuela. Quem sabe Cuba. Cuba esteve mais próximo do comunismo raiz, a Venezuela não. De comunismo na Venezuela há um ditador que manipula eleições e se mantém governando mal ou muito mal. Sabe-se lá.

Com a China é outra conversa. A China é o país que mais compra do Brasil. E não é só isso. Compra muito mais que o segundo. Coisa de três vezes mais. E pode comprar muito mais.

Para a China, que tem cerca de sete vezes a população do Brasil, somos um país a mais com quem mantém relações diplomáticas e comerciais.

Desta vez, com Lula, as relações tendem a melhorar e os acordos e negócios avançarem. Ao contrário do presidente anterior, Lula não tem o hábito de ofender nações “amigas” e nem mesmo costuma ofender as nações nem tão amigas. Aliás, a política de não interferir nas rotinas das outras nações é uma política brasileira de muito tempo, eventualmente esquecida por um ex-presidente destrambelhado.

Lula circula por lá e o dólar que circula por aqui baixou de cinco reais. Ao mesmo tempo, a bolsa de valores subiu nos últimos dias com o anúncio de uma inflação melhor que o esperado. Só falta o Banco Central “independente” dos mais pobres e servil aos mais ricos baixar a taxa de juros, e baixar muito, uma vez que é inconcebível para qualquer brasileiro ou estrangeiro que entenda um pouquinho de economia uma taxa de juros, Selic, nas condições atuais do Brasil, acima de dez por cento ao ano.

Voltando à China, podemos exportar muito mais para este país e provavelmente nos próximos anos isto acontecerá. O papel de um governante, entre outros, é promover as coisas boas de seu país e mostrar ao mundo o quanto pode ser bom para quem compra se qualificar com as oportunidades que o Brasil oferece. Uma relação comercial precisa ser boa para ambos os envolvidos. Para fazer a propaganda do Brasil Lula é um sujeito muito qualificado. Lula gosta de viver bem, vive bem, e todos gostam de estar ao lado de quem parece viver a alegria de ocupar o cargo que ocupa.

Porém, se o governante é bom e de fino trato nas relações pessoais e diplomáticas, cabe ao empresariado brasileiro fazer a parte que lhe compete, vender os produtos que comercializam. Muitos estão por lá. Mesmo quando o presidente não está muitos estão por lá. O Brasil precisa, além de um presidente competente, de um empresariado competente e de um povo competente.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

Comentários do Facebook