OPINIÃO DO TP

Mais duas mortes em trevo da BR-293

Passou da hora da região se levantar com força e exigir mudanças substanciais nos trevos de acesso às cidades ao longo da BR-293. A morte de mais duas pessoas em Candiota não pode normalizar a situação e os riscos que esses locais oferecerem às comunidades.
No ano passado e bem antes disso, foram incontáveis as vezes que vereadores e prefeitos pediram ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) para que se tomasse algum tipo de providência.

Vemos que as pessoas cobram e com razão, os políticos para uma solução. Contudo é preciso fazer a defesa dos políticos regionais, que cansaram de pedir ajuda ao governo federal ao longo dos últimos anos e serem praticamente ignorados ou sob a desculpa de que não havia recursos.

Em 2022, uma mobilização regional, denominada SOS Trevos, tentou mais uma vez sensibilizar o governo. Na época, Candiota havia perdido uma pessoa muito querida e Pinheiro Machado um casal igualmente estimado na cidade. A luta pareceu em vão. Nada foi feito desde então pelo Dnit, nem mesmo a instalação das chamadas lombadas eletrônicas como paliativo foi autorizada.

Coincidentemente, o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi reuniu na semana passada com o novo superintendente do Dnit no RS para tratar do assunto dos trevos de Hulha Negra, Candiota, Pinheiro Machado e Piratini, assim como com vereadores da região. A notícia foi dada pelo TP na manhã desta segunda, horas antes da tragédia que vitimou o casal bageense no trevo de Candiota.

Os cruzamentos, que são tecnicamente chamados de vazados e que foram construídos na década de 1970, atualmente, de forma clara e objetiva já não mais atendem as necessidades, especialmente pelo alto fluxo de veículos verificado ao longo da BR-293. Infelizmente, mais uma família está enlutada, engrossando a estatística e a pressão para que as modificações nesses trevos sejam feitas com a maior urgência.

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