
Apoiadores ao movimento dos caminhoneiros se reuniram na entrada da cidade Foto: Divulgação TP
Está entrando para o terceiro dia a mobilização de produtores, motoristas, comerciantes e funcionários de Hulha Negra. O ato, realizado no trevo de acesso ao município, pela BR-293, ocorre em apoio aos caminhoneiros, que já ultrapassa nesta segunda-feira (28), uma semana de greve em todo o país.
Em Hulha Negra, tratores, caminhões e maquinários agrícolas estão em áreas laterais à rodovia. Pneus foram queimados em forma de protesto pelo valor do combustível, que segundo o grupo, afeta toda a população.
De acordo com o produtor rural Luis Fernando de Lima, para esta segunda a previsão é de uma mobilização ainda maior. “Temos tratores e colheitadeiras que necessitam do diesel. Há o caminhão que leva a produção das propriedades e o frete se torna caríssimo”, explanou Lima.
INSUMOS E ESCOLAS – Os alimentos já diminuíram nos supermercados, principalmente os perecíveis, como frutas e verduras. Com o objetivo de aumentar a oferta à comunidade, devido à falta de reposição no estoque, um dos principais mercados da cidade já anunciou no fim de semana, a compra limitada de produtos por cliente. Informações extra-oficiais também apontam falta de gás de cozinha e de que a Prefeitura de Hulha Negra terá expediente somente até às 12h em apoio as paralisações. A área de educação também já paralisou. As aulas da rede municipal foram canceladas nesta segunda-feira (28) pela Prefeitura devido a falta de combustíveis para o transporte escolar, assim como as da rede estadual, após determinação da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).

Caminhões e maquinários foram estacionados no trevo

Pneus foram queimados no acostamento da BR-293 para intensificar o protesto