SAÚDE

Médica pinheirense pediu que população faça adesão da vacina assim que estiver disponível

Letícia Sphor recebeu a primeira dose da vacina na semana passada Foto: Divulgação TP

Histórico. Foi assim que a médica que atua há quase 11 anos em Pinheiro Machado, Letícia Sphor, descreveu a primeira aplicação da vacina contra a Covid-19 que recebeu na Sala de Vacinação da Secretaria de Saúde na manhã da terça-feira (26). Para o município, profissionais da linha de frente e moradores do asilo, foram enviadas na última semana 150 doses da CoronaVac e, nesta, outras 100 da Oxford/AstraZeneca.
Em uma rede social, Letícia fez um relato que chamou atenção. Ela tem sido enfática quanto a importância da população aderir à imunização assim que as doses estiverem disponíveis. Na oportunidade, também registrou como a chegada do novo coronavírus mudou sua rotina – de trabalho e das relações pessoas. “Desde que a pandemia iniciou, há mais de um ano, não se imaginava que ganharia tal proporção. O medo, a angústia do desconhecido, de lidar com um germe que ninguém sabe como se comporta, o que causa e nem como tratar me tiraram noites de sono e me deram tantas outras de muito estudo. Nunca tive medo de me contaminar com nada – tuberculose, HIV/AIDS, hepatite ou pneumonia. Sempre tratei pacientes com esses problemas e nunca me passou pela cabeça que poderia adoecer, claro que sempre tomo cuidados necessários, mas nunca deixei de examinar nenhum paciente, nem de tocar, abraçar e beijar, mas a Covid não trouxe só distanciamento entre eu e meus pacientes, também com amigos e familiares. Não pude mais abraçar e beijar ninguém sem medo de contaminar ou ser contaminada, perder pacientes e amigos, quanta tristeza”, escreveu.
Ainda no relato, a médica disse que se encheu de esperança logo após receber a vacina. Para seus pacientes e amigos fez um apelo: “quando chegar a sua vez não deixe de se vacinar”. Segundo lembrou, para que a pandemia acabe, é necessário que 70% da população seja vacinada. Esse é o alerta que vários profissionais da área têm feito para um público que ainda insiste em desconfiar da ciência e do imunizante. “Enfim 2020 passou, foi pesado, foi triste, foi fora do esperado em todos os sentidos, mas hoje, depois de ser vacinada, a esperança se renovou. Esperança de dias melhores, de abraços e beijos fraternos, cheios de amor e demorados, de mates compartilhados, ou seja, nossa vida de volta. Agradeço a Deus por essa vacina, espero que em breve todos possam estar vacinados e que 2020 fique somente na lembrança”, finalizou.

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