ACORDO COLETIVO

Mineiros de Candiota aceitam em parte proposta da CRM e greve não é descartada

Categoria rechaça um item que exige que sindicato retire da justiça resíduo do dissidio do ano passado

Assembleia de hoje (6), devido ao frio, foi no refeitório da MIna de Candiota

Assembleia de hoje (6), devido ao frio, foi no refeitório da Mina de Candiota Foto: J.André TP

Apenas um item da proposta feita pela Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e pelo Sindicato das Indústrias de Extração Mineral foi rejeitado pelos mineiros, que estiveram reunidos em assembleia geral na tarde de hoje (6) no refeitório da CRM/Mina de Candiota. A proposta foi feita na última segunda-feira, 5, em Porto Alegre, durante rodada de negociações.

A categoria aceitou a sugestão de reposição salarial, que se assemelha ao que foi concedido aos trabalhadores da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Segundo o presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Wagner Pinto, o que está sendo rejeitado é a vinculação do acordo coletivo deste ano com o dissídio do ano passado, quando se está discutindo na justiça um resíduo de 2,38%. “A CRM exige que o Sindicato retire da justiça, mas a categoria não aceitou a retirada e quer que haja uma decisão judicial”, explica Wagner.

A parte aceita foi uma reposição de 9,83%, que é a inflação do período, sendo 6,88% retroativo a maio e os outros 2,76% a partir de 1º de dezembro, sem retroatividade.

O presidente do Sindicato ainda explicou que foi definido também na assembleia, que a categoria vai aguardar uma resposta da CRM sobre a rejeição até às 8h da próxima segunda-feira, 12. “Caso não seja aceita nossa decisão, entraremos em greve. De outro modo, estamos autorizados a assinar o acordo coletivo”, afirmou Wagner.

Devido a assembleia ter encerrado após o expediente normal, o jornal não conseguiu contato com a direção da CRM.

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