Cadeira foi entregue à Daniela recentemente Foto: Divulgação/TP
A limitação física para mobilidade nunca foi impedimento para a hulhanegrense Daniela Oliveira. No pequeno município todos conhecem a psicóloga que atravessa a cidade com o uso de uma muleta, mostrando que nenhum problema a impede de novas conquistas e de agir por conta própria.
Porém, a rotina da jovem está sendo alterada através de um presente. Daniela foi beneficiada pela Secretaria de Saúde de Hulha Negra, com uma cadeira de rodas elétrica para facilitar e agilizar seu deslocamento no município. O equipamento foi adquirido por meio de recurso de emenda impositiva do vereador Diego Rodrigues (Progressistas), no valor de R$ 8,5 mil e entregue pelo secretário Volney Coelho Jorge junto ao vereador no Centro de Atendimento Integrado de Saúde (Cais). Na residência de Daniela, também foi feita uma rampa para acessibilidade.
Diego Rodrigues comemora a entrega. “Tive a honra e a satisfação de cumprir com mais um compromisso e fazer a entrega da tão sonhada cadeira de rodas elétrica para a Daniela. Destinamos o valor e a Secretaria fez a aquisição da cadeira, entregue por meio de um termo de cedência. Sou grato a Deus por me proporcionar ajudar a realizar o sonho das pessoas e poder ajudar a ofertar uma qualidade de vida melhor. Reafirmo aqui o meu compromisso com as pessoas deficientes, farei sempre o possível pra ajudar da melhor maneira”, manifestou o vereador.
O jornal conversou com Daniela Oliveira, que falou sobre a cadeira em sua rotina. Ela relatou que algumas adaptações estavam sendo realizadas inicialmente em sua casa, principalmente na parte elétrica para que a cadeira possa ser carregada para utilização e explicou estar bem de saúde, visto algumas pessoas manifestarem preocupação. “Estou muito feliz com a cadeira, pois ela vai auxiliar muito minha locomoção, vai ser menos cansativo e também vai reduzir meus gastos com calçados, pois pela forma com que caminho, tenho um gasto bastante alto com calçados, valor que posso utilizar em outros objetivos”, manifestou.
Ela disse, porém, que não irá usar somente a cadeira elétrica. “Não tenho a pretensão de usar somente a cadeira. Minha mobilidade depende de uma rotina e por isso preciso alternar entre caminhadas e uso da cadeira elétrica. Já tenho uma maior dificuldade para caminhar e por isso não posso deixar de manter essa rotina. Vou fazer o possível para que meus movimentos não sejam reduzidos”, ressaltou.
SOBRE A DANIELA – Em entrevista anterior à reportagem do TP, Daniela, falou sobre seu estado de saúde. Ela contou que ainda no nascimento foi acometida por uma paralisia cerebral causada por falta de oxigenação no cérebro, a impedindo de caminhar até os 7 anos de idade. Ela é proveniente de um nascimento prematuro, aos sete meses de gestação, e uma vida marcada por cirurgia e atividades de reabilitação. No dia 4 de janeiro de 2019, após muito empenho, Daniela recebeu o certificado de conclusão do curso de Psicologia, pela Universidade da Região da Campanha (Urcamp), campus Bagé.
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso
