Mortes não normais

Todos vamos morrer um dia, essa é a lei da vida – numa contradição de nossa existência. Aliás, a morte, inclusive, deveria ser mais naturalizada entre as pessoas, especialmente no mundo ocidental. Morrer é uma certeza que todos temos, mas na maioria das vezes temos dificuldade em aceitá-la, pois gera um sentimento de perda, apesar de sabermos que esse também será nosso fim.

Contudo, as mortes ocorridas em Candiota em menos de 90 dias, assim como algumas na região e no mundo, não podem ser normalizadas. São vidas abreviadas no auge de sua fortaleza e juventude. Isso não é natural, a sociedade precisa reagir e cobrar das autoridades em todos os níveis para que essa situação não se repita.

Aliás, quando jovens ou qualquer pessoa morre assim, assassinada, precisamos também impor a nós mesmos um sentimento de reflexão e repensar onde estamos errando enquanto organização social, enquanto vida em comunidade.

A juventude, em especial, talvez seja a principal e mais fantástica fase da vida. É nela que tudo vai se definindo e onde tudo é mais intenso. É quando achamos que o mundo está aos nossos pés e o podemos revolucionar. Ela e nenhuma vida pode ser morta por violência. Não podemos aceitar essa cultura de ódio e desamor. Quando uma sociedade aceita isso, ela está fadada ao total fracasso.

 

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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