Programa para o carvão

O carvão mineral é a fonte energética mais rejeitada pelos ativistas do meio ambiente no mundo. De fato, o uso indiscriminado em países da Ásia, Europa e EUA colocam em sua conta uma boa parte dos problemas ambientais enfrentados pelo planeta. Nessas regiões, o carvão possui taxas de utilização como gerador de energia na casa acima dos 40%, impondo a essas nações metas de diminuição ousadas. Vale destacar também que o uso desta fonte remonta os tempos em que nenhum tipo de cuidado era tomado.
Contudo, o Brasil especificamente, possui uma matriz energética diversificada e na grande maioria formada por fontes renováveis. Porém, apenas as renováveis não fazem frente a demanda, especialmente num sistema ainda muito dependente da energia advinda do sistema hidráulico.
Além do mais, o carvão mineral não possui participação efetiva no portfólio, tendo atualmente menos de 2% na matriz energética nacional. Os problemas ambientais brasileiros não passam nem perto do carvão, além do setor ter experimentado um grande avanço tecnológico nos últimos tempos, fundamentalmente no trato com o meio ambiente.
A publicação da Portaria do Ministério de Minas e Energia (MME) nº 540/2021, como detalhamento do Programa para Uso Sustentável do Carvão Mineral Nacional é um avanço e tanto para setor, porém ainda carece de mais detalhamentos para ter efetividade prática. Ele se baseia num decreto emitido no ano 2000.
O fato que é que o Brasil não precisa e não deve ter preconceito com o carvão, pois não somos nós que possuímos contas de passivos ambientais a pagar e não podemos abrir desta riqueza nacional, que, além do mais, é abundante numa das regiões mais pobres do país.

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