Acidente aconteceu na tarde do último dia 22 Foto: Sabrina Monteiro TP
O motorista acusado de homicídio doloso em acidente que vitimou duas pessoas no último dia 22, na BR-293, Km 136 em Candiota, foi solto pela Justiça Federal. Ele que conduzia uma carreta bitrem, apontada como responsável pelas mortes, havia sido preso em flagrante pela Polícia Federal.
Conforme a informação concedida ao Portal g1 pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santana do Livramento, a decisão que o liberou estabeleceu medidas cautelares, como comparecimento periódico em juízo e suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ele estava no Presídio Regional de Bagé.
Segundo as investigações, o motorista realizou manobra perigosa em circunstâncias que indicam que estava acima da velocidade permitida e sob a influência de álcool.
Uma das vítimas era policial rodoviário federal, Carlos Edvar Espinosa da Silva, 56 anos, lotado em Bagé, que estava em serviço no momento do acidente, e a outra vítima foi o jovem Jean Luís Gabriel, 25 anos, que estava na carona do outro caminhão envolvido no acidente. O motorista da carreta foi conduzido à Delegacia de PF, após realizar o exame etilométrico (bafômetro), que apontou a concentração de 0,49 mg/L de álcool no metabolismo do conduzido.
Após as diligências realizadas no decorrer do flagrante, foi possível apurar, conforme a PF, que a carreta bitrem conduzida pelo indiciado invadiu a pista contrária onde passavam, sequencialmente, um caminhão e uma viatura da PRF em serviço de patrulhamento.
Segundo nota divulgada pela Polícia Federal, o tacógrafo da carreta que causou o acidente registrou que o motorista estava trafegando a uma velocidade de 100 km/h no momento do acidente, sendo que chegou a 120 km/h nos instantes anteriores à colisão. “Ainda, pelos depoimentos, apurou-se que o conduzido realizou manobra brusca ao invadir a pista contrária da rodovia, o que impediu a reação dos veículos atingidos”, assinala a nota.
“O conduzido, que é motorista profissional, foi indiciado pelo crime de homicídio doloso, tendo em vista que assumiu o risco de causar a morte das vítimas ao realizar manobra perigosa em alta velocidade, sob efeito do álcool. Ainda, escontrava-se com o exame toxicológico vencido desde 2022”, complementou a PF.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
