
Cerca de 36 pessoas participaram do ato em Pinheiro Machado Foto: Divulgação TP
A tarde da última sexta-feira (22) foi de protesto para os membros do Sindicato dos Municipários de Pinheiro Machado (SiMPiM). A categoria se uniu a outras diversas cidades do Brasil no dia nacional de luta contra a reforma da Previdência e realizou uma mobilização em frente do prédio da Prefeitura. Além disso, protestaram pelas condições atuais de trabalho diante da crise financeira do município – atraso no pagamento dos salários, do vale-alimentação, da segunda parcela do 13º e do índice de reajuste salarial.
Para a presidente do sindicato, Ângela Régio Marques, a mobilização mostra que a categoria está atenta ao que acontece. “Não vamos admitir nenhum direito a menos e vamos continuar lutando pelo que achamos justo”.
De acordo com a diretoria, a mobilização contou com cerca de 36 pessoas – entre funcionários públicos municipais ativos, inativos, pensionistas, além de representantes do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS) e comunidade em geral.
REAÇÃO – Em contato com o chefe de gabinete, Marcelo Mesko, a reportagem procurou atualizar a situação da calamidade financeira que tem refletido diretamente no pagamento do funcionalismo.
Segundo ele, o Executivo está trabalhando para amenizar a situação. Entre as medidas de contenção, já houve o fechamento da escola do Passo do Machado, diminuição dos contratos da Educação, reestruturação na área da Saúde, reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), do aforamento do cemitério e da taxa do lixo, entre outras medidas.
“Já para esse mês de abril ficou definido que a Prefeitura vai intensificar a fiscalização – de obras, de alvarás e assim por diante. Isso é uma medida que vai fazer com que se consiga pagar o salário o quanto antes, com o menor atraso possível”. Para a reportagem, Marcelo falou sobre a necessidade desse cuidado específico. “Fiscalização é uma necessidade do município que não é intensificada faz muito tempo ou, na verdade, nunca foi. Vamos trabalhar nisso, colocando fiscais na rua, fazendo funcionar o Programa de Integração Tributária (PIT) que temos com o Governo do Estado e a regularização cadastral dos imóveis”, pontuou.
Questionado especificamente sobre os salários, ele disse que a situação é bastante complicada – principalmente por não haver uma solução tão imediata. “Colocar os salários em dia é a nossa prioridade, mas a realidade ainda não é favorável. Em relação ao 13º, a previsão de pagamento da segunda parcela é para o mês de abril, sem uma data exata”, disse.
Sobre o reajuste salarial, outra pauta do protesto da categoria, Marcelo foi bastante realista. “O prefeito tem sim a intenção de fazer o reajuste ainda esse ano e o Executivo aguarda um estudo feito pela área financeira para ver a viabilidade, mas entendemos que antes disso devemos colocar em dia o salário de todo o funcionalismo por ser essa a nossa prioridade”.