Os temporais no Estado que trouxeram junto consequências catastróficas para milhares de gaúchos causou também diversos problemas na região, felizmente com pequenas proporções, se comparado com cenário estadual. Porém, o alerta de falta de insumos e atrasos em algumas situações levaram os municípios da região do TP a alterarem as rotinas e decretos municipais trouxeram medidas a serem adotadas visando prevenir o desabastecimento e auxílio, principalmente com estradas e pontes.
CANDIOTA
Na segunda-feira (6), a Prefeitura de Candiota emitiu o decreto 4.780, que “declara situação excepcional de medidas de prevenção em razão das consequências da catástrofe climática do Estado do Rio Grande do Sul em solidariedade e para fins humanitários”.
Conforme o documento assinado pelo prefeito Luiz Carlos Folador e pela procuradora-geral Nathiane Vaz, até esta sexta-feira (10), foi determinado que postos de combustíveis sediados no território do município estão obrigados a reservar mil litros de combustível de cada espécie; a suspensão de aulas da rede municipal de ensino, podendo ser remotas; trabalho em home office (remoto) pra os servidores; priorização de viagens e deslocamentos de pacientes de hemodiálise e oncologia, bem como urgência e emergência.
Já na terça-feira (7) foi assinado o decreto n.º 4783, que declara situação de emergência nas áreas do município que foram afetadas pelas tempestades e chuvas intensas entre os dias 27 de abril e 7 de maio, tanto na zona urbana quanto na zona rural.O decreto será encaminhado para o governo do Estado para fins de homologação, com o objetivo de obter recursos para que os prejuízos econômicos e sociais advindos dos danos causados pelos eventos climáticos na cidade sejam amenizados. “Momento delicado e triste. Devemos, uma vez mais, darmos as mãos. São diversos os registros de munícipes com problemas que fazem relação ao decreto. Estamos trabalhando para auxiliar todos moradores do meio rural e do meio urbano de Candiota. Vamos calibrar a fé e trabalhar ainda mais”, disse Folador.
HULHA NEGRA
Na terça-feira (7), o decreto 2.740 assinado pelo prefeito de Hulha Negra, Renato Machado, “declara situação excepcional de medidas de prevenção em razão das consequências da catástrofe climática do Estado do Rio Grande do Sul, em solidariedade e para fins humanitários.”
Conforme o documento, em caráter excepcional e por prazo indeterminado, foi determinado a obrigatoriedade da reserva de 900 litros de gasolina, 2 mil litros de Diesel S500, 2 mil litros de Diesel S10 para a Prefeitura, a suspensão das aulas presenciais e o transporte escolar, e o trabalho presencial somente para servidores da sede do município, ficando os demais autorizados ao formato home Office (remoto), mas com sobreaviso. Houve dispensa para servidores e professores da Educação, mas com sobreaviso e horário de funcionamento das 7h30 às 14h para a Secretaria de Saúde. Nos demais horários, plantão (Chamar 192) e dispensa de servidores operações de fora da cidade, com exceção do Samu, abastecimento de água e esgoto na sede, assentamento Santo Antônio da BR-293, cachoeirinha, avenida Hugo canto e acampamento do MST. Ainda, devem ser priorizados os transportes de pacientes de hemodiálise e oncologia, urgência e emergência.
PEDRAS ALTAS
O município também publicou um decreto, o 2.662, com validade de 180 dias, declarando situação de emergência nas áreas do município afetadas pelas fortes chuvas de 26 de abril a 6 de maio. Conforme o documento, assinado pelo prefeito Volnei Oliveira, o clima causou danos e obstruções em estradas, prejudicando a locomoção de pessoas, veículos e isolamento de famílias no interior do município.
Por meio do decreto, há previsão de convocação de voluntários para reforçar ações de resposta e realização de campanhas de arrecadação de recursos. Ainda, autoridades estão autorizadas a entrar nas residências para prestar socorro ou determinar evacuação imediata do local, assim como usar propriedade particular em caso de perigo. Por fim, pelo prazo de até um ano há dispensa de licitação para aquisição de bens para atendimento de situação de emergência.
PINHEIRO MACHADO
No município também foi decretada calamidade em razão das fortes chuvas. O prefeito Ronaldo Madruga, acompanhado do engenheiro da Prefeitura, percorreu as áreas urbana e rural da cidade para verificar a situação de estradas e pontes. “Estamos fazendo um mapeamento dos problemas ocasionados, já contratamos horas máquinas para que assim que o clima permitir, possamos começar a recuperação dos principais pontos. A prioridade será por onde passa o transporte escolar”, disse em vídeo o gestor.
BAGÉ
O prefeito Divaldo Lara, acompanhado de secretários municipais, disse em transmissão que o desabastecimento de produtos de hortifruti já era sentido na cidade, assim como uma baixa disponibilidade de combustível para abastecimento de veículos.
Conforme anunciado, na cidade também haveria alteração no transporte público e após um decreto publicado nesta quinta-feira (9), o 136, as aulas da rede municipal foram suspensas a partir deste dia 10 até um novo decreto. O documento também obriga os postos a reservar mil litros de cada combustível para a Prefeitura, é solicitado uso racional da água potável e priorizadas viagens de pacientes de hemodiálise e oncológicos, assim como casos urgentes.
Ainda, segundo Divaldo, o excesso de chuvas provocou prejuízos na agricultura.
