ESPECIAL DE NATAL

Natal em família: pinheirense destaca importância de respeitar protocolos e esperar pandemia passar

Época de celebrar as conquistas, a união e promover aquela tão esperada reunião com dezenas de familiares e amigos para celebrar o Natal e a chegada do novo ano. Até 2019 era assim que se pensava e se programavam essas festividades. Além da rotina, os tradicionais eventos precisaram ser modificados diante da pandemia do novo coronavírus.

Na região, os primeiros casos foram registrados em março – quando as atividades escolares foram interrompidas, mexendo drasticamente com o dia a dia das famílias ao longo desses meses. Quando dezembro chegou, a vontade de reunir a família e de começar a organizar as festas para encerrar 2020 também apareceu, mas o nosso inimigo invisível ainda nos ronda. Sem vacina até então, a medida mais eficiente de se manter longe da Covid-19 é o uso correto da máscara (cobrindo a boca e o nariz) e o distanciamento social.

Na foto, Ana Lúcia e a mãe Gilka em casa Foto: Divulgação TP

Nesta semana, o jornal conversou com a pinheirense Ana Lúcia Garcia Dutra. Ela é professora e, assim como muitas pessoas, passou por um ano extremamente conturbado. Além da necessidade de adaptações, a pinheirense enfrentou problemas de saúde com a mãe e a sogra ao longo de 2020. “Logo no início de janeiro já tínhamos sinais de que seria um ano de muitas lutas, quando minha mãe recebeu o diagnóstico de câncer. Desde então temos passado por diversas internações hospitalares. O medo passou a fazer parte do nosso cotidiano, porque além de travarmos essa luta contra o câncer ainda surgiu o coronavírus, o inimigo invisível, que a gente acha que está bem distante, mas não está”, frisou.

Conforme contou Ana Lúcia, em novembro, mais um desafio estava diante da família: a sogra testou positivo para a Covid-19 e precisou ficar internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Pelotas. “Sofremos muito por ter que deixá-la isolada por 14 dias. Minha sogra contraiu o vírus de uma pessoa assintomática, por isso fica o alerta diante da necessidade de termos que nos cuidar muito”, disse. Apesar da apreensão, a idosa de 82 anos conseguiu superar a doença e já é considerada recuperada.

Luís Antônio Peçanha e sua mãe, após receber alta da UTI Covid em Pelotas Foto: Divulgação TP

Segundo a professora, acostumada a uma vida agitada de encontros e festas com os familiares e amigos, a necessidade do distanciamento social tem deixado todos muito carentes. O Natal e a virada do ano serão adaptados à nova realidade. “Procuramos nos manter isolados, saímos apenas para fazer as compras básicas e redobramos as medidas de proteção. Nosso Natal será na casa da mãe, que agora é a minha também, pois desde que ela adoeceu eu e meu esposo estamos morando com ela. Reuniremos poucas pessoas e, desta vez, os parentes de outras cidades não virão. Apesar disso, para nossa família vai ser um momento ainda mais especial que os outros, pois Jesus nos presenteou com a vida e a saúde de duas grandes guerreiras”, finalizou.

PROTOCOLOS – De acordo com o modelo de Distanciamento Controlado do governo do Estado, como os indicadores, principalmente de internações em leitos de UTI, seguem altos em quase todas as regiões, continuam vedados eventos festivos públicos e privados de final de ano, como em empresas ou condomínios. Permanece a recomendação para que as celebrações sejam realizadas em pequenos grupos de até 10 pessoas (sem contar as crianças) de um mesmo grupo de convivência regular, seguindo os protocolos de distanciamento, uso correto de máscara, ventilação cruzada e higienização, entre outros.

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