
Paulinho Alves assumiu a presidência do Sindicato até 2027 Foto: J. André TP
A nova diretoria do Sindicato Rural de Pinheiro Machado para a gestão de 2024-2027 foi empossada na noite da quinta-feira retrasada, no dia 20. O novo presidente é o produtor rural, empresário e ex-vereador da cidade Paulinho Alves.

Autoridades regionais, apoiadores da nova diretoria e
produtores rurais estiveram presentes na solenidade de posse Foto: J. André TP
A solenidade foi marcada por homenagens e com a participação de diversas lideranças e autoridades de toda região que demonstraram a pujança do associativismo e a importância que a entidade tem para a economia regional.
Ao assumir o novo cargo, Paulinho não escondeu a emoção em poder seguir trabalhando pelo Agro e desta vez com a responsabilidade ainda maior como dirigente do Sindicato.
Para saber um pouco mais o que pensa a nova direção da entidade promotora da Feira e Festa Estadual da Ovelha (Feovelha), o jornal Tribuna do Pampa entrevistou o novo presidente. Paulinho falou das prioridades, dentre elas de aproximar o grande público novamente da entidade e de um dos maiores eventos da região, além de querer a Comparsa e Feovelha juntas no Parque Charrua em 2025.
Confira à seguir os principais trechos:
TP – Qual o significado desta tua eleição?
Paulinho – Gratidão por ter sido entendido pelos produtores rurais de que deveria ocorrer uma renovação quanto a pessoas, ideias, mulheres. A principal motivação de tudo foi por meio de um trabalho liderado pela minha esposa, a produtora Vivi Alves, que tem ao seu lado as produtoras Jéssica Dutra e Tamires Vasconcelos, para que fosse montada uma chapa para participar da eleição o qual saímos vitoriosos. Entramos pela porta da frente, como se diz. Isso é muito bacana. Então todas as dúvidas, esclarecimentos que eu tinha na parte administrativa já foram todas esclarecidas. Queremos fazer uma administração do dia que a gente foi empossado para frente. O que passou não cabe a nós, estamos chegando para fazer a diferença, respeitando todas as opiniões.
TP – Quais as prioridades?
Paulinho – Principalmente vamos resgatar o público, ou seja, proporcionar qualificação. Hoje, temos via Sindicato Rural parcerias e quatro grupos de Assistências Técnicas Gerenciais (Ategs), estando entrando para o quinto grupo. É um trabalho direto na propriedade rural, onde os instrutores estão diretamente na casa das pessoas. Isso é algo social, um elo de ligação da diretoria com o produtor ou produtora rural. Pretendo fazer pessoalmente visitas a todos os produtores, levar a mensagem do Sindicato e se ele não for sócio, propor a participação. São muitos benefícios que podem ser conquistados de forma coletiva, tendo em vista que de forma particular as dificuldades são maiores. Teremos um diretor do Parque Charrua para cuidar de forma direta do local, que é um patrimônio. O lugar faz parte da vida regional e a população poderá ir tomar um chimarrão, tirar uma fotografia, ter um momento de lazer no fim de semana. Fizemos a legalização do Alexandre Borges que vai ser o responsável e tem toda autonomia da diretoria para fazer as implementações necessárias, claro que dentro de comum acordo. Já estamos fazendo adaptações para abrir o Parque Charrua e as mulheres planejam levar eventos para o parque, não somente a consagrada Feovelha, mas também eventos durante todo o ano, de verão e inverno. Vamos fazer a readequação do valor da anuidade, pois o quadro social está bastante resumido e queremos fazer um trabalho forte. Uma das nossas propostas de campanha foi a redução da anuidade, questão já aprovada. São duas modalidades de associados e nesta que agimos para chegar até o produtor rural e aproximá-lo da entidade. Queremos que o Sindicato Rural esteja cada vez mais próximo do produtor rural, não só o pessoal do meio rural, mas também da cidade.
TP – A tua diretoria já entra com a responsabilidade de organizar a 41ª Feovelha. Como estão os preparativos para este evento, que é um dos maiores da região?
Paulinho – A Feovelha é o grande evento que temos, que embora o Sindicato Rural seja o promotor, ela pertence ao Estado, ao Brasil como um todo, inclusive com participação de lideranças internacionais. Já estamos trabalhando no planejamento e organização de parcerias com Emater, Embrapa Pecuária Sul e Clima Temperado, Senar, Farsul, CNA, associações, poderes Executivo e Legislativo, Secretaria de Agricultura, Ação Social. Já está praticamente certo que vai acontecer de quinta a domingo. Queremos trazer de volta antigos eventos que aconteciam de forma paralela, sendo um exemplo o de carros antigos, dar uma intensificada na questão da agricultura familiar, que deve fazer parte da Feovelha. Todos os produtores de eventos que queiram trazer suas programações para dentro da Feovelha, estaremos à disposição para reuniões.
TP – Você disse no teu discurso de posse, que a Comparsa voltará a ser dentro do Parque Charrua e paralela à Feovelha. Na sua opinião, esses eventos são inseparáveis? Explique melhor sua visão sobre isso.
Paulinho – No meu ponto de vista e respeito alguma outra opinião, são eventos inseparáveis sim, porque quando houve a ideia de montar a Feovelha se teve a ideia de criar um festival de música nativista. A primeira Feovelha veio junto com a primeira Comparsa, tudo dentro do Parque Charrua. Embora quem esteja a frente do festival seja uma comitiva liderada pelo Executivo, as parcerias devem haver. Já estamos em contato com o Executivo porque o Sindicato Rural de Pinheiro Machado está de portas abertas para voltar a acolher este grande evento. Não há porque termos eventos em lugares diferentes. A Comparsa nasceu dentro do parque e por isso as parcerias, o diálogo, para esse evento ser junto sim com a Feovelha.
TP – Como você avalia o momento do agronegócio?
Paulinho – Costumo dizer como produtor rural, que é em cima das adversidades que a gente cresce. Sabemos que o momento atual do agro passa por alguma turbulência, mas é em cima disso que devemos nos reinventar. Posso falar por mim como pecuarista, que hoje em dia tu tem que ser profissional, não há mais lugar para amador. Tu te profissionaliza, te qualifica, vai ao mercado e pensa positivo. Não adianta só viver em torno dos problemas que tu não vai crescer. Existem adversidades? Sim, mas em todos os setores também, cabe a cada um de nós fazermos nosso trabalho, nos reinventarmos para buscar as alternativas.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*